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Fonte: IG
- Origem: Estadão
[08/04/09]
Rede do governo assusta teles
Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do
Ministério do Planejamento, preferiu não comentar a reunião da semana passada.
No entanto, ele rebateu críticas à criação de estatal de telecomunicações.
"Toda vez que a fênix da Telebrás bate as asas, o governo tem mais facilidade de
negociar com as empresas monopolísticas", disse Santanna, referindo-se às
operadoras privadas. "Elas se assustam com a possível concorrência de uma rede
própria do governo, e daí baixam o preço."
Segundo ele, as operadoras apresentam estimativas de preços muito altas para
atender o governo. "As primeiras contas que as operadoras apresentaram para
conectar as escolas do País eram da ordem de R$ 9 bilhões, e os investimentos
não são dessa ordem, são muito menores", exemplificou Santanna. Depois, as
empresas acabaram fechando um acordo com o governo de troca de obrigações,
instalando infraestrutura de banda larga no lugar de postos de atendimento. "O
problema é que essas empresas não têm ameaça", disse o secretário. "Estamos indo
para o duopólio no Brasil. De um lado a BrOi e de outro a Telefônica."
Ele rebateu o argumento de que a criação de uma operadora estatal iria
desvirtuar o modelo de telecomunicações implantados no Brasil. "Existem mais de
600 empresas, públicas e privadas, com licença SCM (para serviços de dados).
Além do mais, não existe país desenvolvido hoje que não tenha sua rede própria,
para uso do Estado. Os Estados Unidos têm uma rede que ninguém pluga nada, além
do próprio governo."
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.