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Fonte: Convergência Digital
[20/07/09]  Governo conhece projeto 'Telebrás' da Austrália - Da redação

Se aqui no Brasil, o governo se esquiva de participar do debate sobre a reativação ou não da Telebrás, executivos governamentais conhecem experiências internacionais ligadas ao tema.

O Secretário de Logística e Informática do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, um dos principais articuladores do movimento pró-uma rede pública de telecom do governo, o secretário da Secretaria de Política de Informática do MCT, Augusto Gadelha, e o conselheiro da Anatel, Plínio Aguiar, estiveram na Austrália, para conhecer o projeto de rede estatal, desenvolvido pelo Poder Executivo.

A iniciativa do governo australiano é levar internet de alta velocidade a 90% das residências, escolas, órgãos públicos e empresas do país. O projeto prevê uma parceria com empresas privadas para a prestação de serviços de banda larga acima 100 megabites por segundo. Essa velocidade, segundo informa reportagem, é cem vezes superior à utilizada pela maioria da população local.

A previsão é atingir esses resultados num período de oito anos a um custo de 48 bilhões de dólares australianos - cerca de R$ 100 bilhões. Após esse prazo, o governo australiano pretende entregar a rede para a administração das empresas parceiras.

As primeiras instalações devem ser implantadas na Tasmânia, um dos estados com menor cobertura de serviços de banda larga no país. A intenção é gerar 15 mil empregos diretos na instalação de fibras óticas no território australiano.

"Essa nova rede irá melhorar a produção australiana e trazer benefícios para a economia, contribuir na batalha contra as mudanças climáticas e melhorar a conexão e a prestação de serviços públicos em áreas menos assistidas", afirma um documento sobre o projeto.

A iniciativa foi apresentada na Austrália ao secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, pelo diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações da Austrália, Colin Lion.

Para Santanna, a iniciativa mostra que não apenas no Brasil o Estado tem um papel central na política de expansão da infraestrutura de banda larga, já que mesmo em países desenvolvidos o mercado de telefonia não conseguiu atender às demandas sociais impostas pela sociedade da informação.