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Fonte: WirelessBRASIL
[13/06/09]
Opiniões de
Rogério Santanna - Coleção de "recortes"
(...) Conheço o Sr. Rogério Santanna
apenas pela mídia.
Possui um enorme currículo ligado ao serviço público e, numa pesquisa rápida
pelo Google para encontrar um resumo biográfico, não notei nada que o
desabonasse.
Mas reativar um estatal como a Telebrás é um assunto por demais importante e
polêmico para conduzir somente pela sua vontade e usufruindo de sua proximidade
com Dilma Roussef, sem passar pelo crivo do Congresso e da sociedade. E com o
agravante que, provavelmente, será o futuro presidente da renascida estatal,
conforme especulação da mídia.
Aqui está um mini-currículo:
Rogério Santanna é graduado em engenharia mecânica, especializou-se em Gerência
de Engenharia de Software e Gestão Empresarial pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Começou sua carreira como programador e em 1989 assumiu o cargo
de diretor técnico e depois diretor presidente da PROCEMPA – Cia. De
Processamento de Dados do Município de Porto Alegre. diretor-presidente do
Conselho Diretor da Sociedade de usuários de informática e telecomunicações do
Rio Grande do Sul – SUCESU-RS, assumiu em 2002 a Presidência do Conselho
municipal de Ciência e Tecnologia do município de Porto Alegre. Atualmente além
de membro do Comitê Gestor da ICP – Brasil, Santanna é secretário de Logística e
Tecnologia da Informação no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e
ocupa vaga destinada ao Ministério do Planejamento no Conselho de Administração
da Telebrás.
Fiz mais um "dever de casa"
para conferir envolvimento do Sr. Rogério Santanna com a reativação da
Telebras através de suas opiniões registradas pela mídia.
Graças à nossa coleção comunitária de matérias e "posts", em pouco tempo
coletamos uma "fala" aqui, uma entrevistinha ali, e o resultado é
impressionante.
Não vou citar os links, para não sobrecarregar o texto, somente as "aspas".
(...)
Helio Rosa
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"Rogério Santanna trabalhou muitos anos no Serpro e também com a ministra Dilma
Roussef, no governo do Rio Grande do Sul. O grupo ligado a ele acalenta o plano
de utilizar a rede da Eletronet para a prestação de serviços de
telecomunicações, sob a gestão da Telebrás. Não é a primeira vez que essa idéia
vem à tona e não seria fácil colocar o projeto de pé. A tentativa mais recente
foi em 2007".
Defensor do reaproveitamento do backbone da Eletronet - rede de fibras ópticas
de 16 mil km, parcialmente ociosa desde que a empresa entrou em processo de
falência - a presença de Santanna na Telebrás pode ser um indicativo que o Poder
Executivo voltou a cogitar da idéia de aproveitar a estatal para ser a operadora
nacional da grande rede de banda larga governamental para inclusão digital."
"Mas Santanna não escondeu que apreciaria muito ver a Eletronet funcionando
novamente, devido ao porte da rede e os ganhos que o governo teria não apenas na
inclusão digital, mas até mesmo no tráfego de suas informações do Sul até o
Nordeste do País (apenas a Região Norte não tem cobertura dessa rede)."
"O Presidente da ETICE, Fernando Carvalho, terá audiência em Brasília, no dia
02.12.08, com o Secretário de Logística e Tecnologia da Informação, Rogério
Santanna, no Ministério do Planejamento. O Secretário, que assumiu recentemente
vaga no Conselho de Administração da Telebrás, é defensor do reaproveitamento do
backbone da Eletronet - rede de fibras ópticas de 16 mil km, que encontra-se
ociosa desde que a empresa entrou em processo de falência. "Caso o Poder
Executivo volte a cogitar a idéia de reaproveitar a infra-estrutura da estatal,
nós podemos negociar parceria para o projeto Cinturão Digital", diz o presidente
da ETICE. "
"Em entrevista concedida a Revista Convergência Digital, Rogério Santana,
defendeu que no caso de resolvida as questões referentes à Eletronet, a Telebrás
viria a ser a gestora da rede, ficando com a incumbência de reativá-la para
colocar em operação o projeto de inclusão digital do governo antes de 2010.
"Caberia à telebrás conduzir a compra de equipamentos que serão necessários não
apenas para renovar a parte de roteamento da rede", afirma Santana.
Santanna não esconde que apreciaria muito ver a Eletronet funcionando novamente,
devido ao porte da rede e os ganhos que o governo teria não apenas na inclusão
digital, mas até mesmo no tráfego de suas informações do Sul até o Nordeste do
País (apenas a Região Norte não tem cobertura dessa rede)."
"O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Rogério Santanna, diz que a intenção é usar a rede da Eletronet
para colocar em prática o plano nacional de banda larga. O argumento é que
existem regiões no País economicamente desinteressantes para que as operadoras
de telecomunicações ofereçam formas de conexão à internet.
Por isso, analisa Santanna, cabe à administração pública criar alternativas para
fazer com que a população dessas áreas conte com conectividade para acessar
serviços de governo eletrônico, promovendo um ciclo virtuoso que movimente a
economia e impulsione o crescimento.
"As soluções de mercado não respondem às questões mais gerais que o governo
precisa no longo prazo. O foco das empresas é baseado numa lógica de mercado
aplicável ao sistema privado, mas pouco ajustada ao governo", pondera Santanna.
"Venho defendendo que devemos ter um plano nacional de banda larga que trate de
levar conexão a regiões condenadas à desconexão eterna", completa."
"Santanna defende que usar a rede da Eletronet é explorar uma infraestrutura que
já foi construída e recebeu investimentos públicos, mas ele admite que será
necessário destinar novos recursos para iluminar as fibras ópticas, pois 90%
delas estão apagadas. "Não queremos a massa falida da Eletronet, queremos
receber as fibras que estão apagadas no sistema Eletrobrás, mas agora não tenho
condição de precisar o valor do investimento"."
"O secretário do Ministério do Planejamento afirma que a Telebrás é uma das
possibilidades aventadas, mas o governo não descarta outras hipóteses, como o
Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Empresa de Tecnologia e
Informações da Previdência Social (Dataprev) e o próprio sistema Eletrobrás.
A proposta de ter um backbone para uso exclusivo do governo é bem-vinda por
outras razões, acrescenta Santanna. "O goveno precisa ter suas próprias redes,
porque há atividades que só o governo faz e precisa de privacidade. Ligar o
interior do Amazonas, onde não tem densidade e nem renda é tarefa que só o
governo vai desempenhar", argumenta."
"A volta da Telebrás foi defendida pelo secretário de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, sob a alegação de
que "o País precisa de rede própria para interligar com banda larga não só
escolas, mas delegacias e hospitais em todos os lugares". Dia 26/12, a Telebrás
já havia comunicado aos acionistas a disposição da União de capitalizar a
empresa, aportando-lhe até R$ 200 milhões, por subscrição de ações novas.
Os defensores do projeto alegam ainda que a Telebrás propiciaria maior economia
ao governo e maior segurança aos serviços de telecomunicações governamentais,
além de operar com um satélite estatal brasileiro, para atender ao governo e às
comunicações da aeronáutica. Sobretudo, alegam eles, poderia operar uma rede de
16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica que está ociosa, pois pertence a uma
empresa falida, a Eletronet, cujo controle acionário é da Eletrobrás e da AES
Bandeirante."
"Uma vertente, encabeçada pelo secretário de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, defende a
revitalização da estatal, para que ela volte a ser uma empresa com atividades
operacionais. Esse grupo quer transformá-la em gestora dos serviços de
telecomunicações do governo federal e provedora de infra-estrutura para redes de
banda larga."
"Jorge Motta, presidente da Telebrás, está ao lado do grupo, liderado pelo
secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Rogério Santanna, que defende a revitalização da companhia e que
vem brigando com blocos internos do governo para que a Telebrás se torne uma
gestora de serviços de telecomunicações do governo federal, provendo
infraestrutura de banda larga às companhias de telecomunicações."
"Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do
Ministério do Planejamento, preferiu não comentar a reunião da semana passada.
No entanto, ele rebateu críticas à criação de estatal de telecomunicações.
'Toda vez que a fênix da Telebrás bate as asas, o governo tem mais facilidade de
negociar com as empresas monopolísticas", disse Santanna, referindo-se às
operadoras privadas. "Elas se assustam com a possível concorrência de uma rede
própria do governo, e daí baixam o preço."
Segundo ele, as operadoras apresentam estimativas de preços muito altas para
atender o governo. "As primeiras contas que as operadoras apresentaram para
conectar as escolas do País eram da ordem de R$ 9 bilhões, e os investimentos
não são dessa ordem, são muito menores", exemplificou Santanna. Depois, as
empresas acabaram fechando um acordo com o governo de troca de obrigações,
instalando infraestrutura de banda larga no lugar de postos de atendimento. "O
problema é que essas empresas não têm ameaça", disse o secretário. "Estamos indo
para o duopólio no Brasil. De um lado a BrOi e de outro a Telefônica."
Ele rebateu o argumento de que a criação de uma operadora estatal iria
desvirtuar o modelo de telecomunicações implantados no Brasil. "Existem mais de
600 empresas, públicas e privadas, com licença SCM (para serviços de dados).
Além do mais, não existe país desenvolvido hoje que não tenha sua rede própria,
para uso do Estado. Os Estados Unidos têm uma rede que ninguém pluga nada, além
do próprio governo.'"
"O mistério em torno dos planos para a estatal também está no discurso do
secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Rogério Santanna.
Tido como o principal arquiteto da proposta de revitalização da empresa,
Santanna assumiu, no final de outubro de 2008, assento no conselho de
administração da Telebrás, outro fato interpretado pelo mercado como um forte
indício de que o projeto está a todo vapor.
"Essa leitura é muito mais relacionada com o que venho defendendo do que com o
que realmente é verdade", afirma Santanna, que considera sua escolha para o
cargo como algo absolutamente natural considerando que a vaga é do Ministério do
Planejamento e ele é o responsável por assuntos relacionados com as
telecomunicações.
Com relação ao aporte milionário na estatal, o secretário lança ainda mais
fumaça sobre o caso. Segundo Santanna, não há como descartar a ideia de que o
investimento seria para liquidar a companhia em vez de revitalizá-la. "O aporte
pode atender um ou outro objetivo", respondeu ao ser questionado sobre as duas
hipóteses. Mas entre um comentário e outro, Santanna vai aos poucos indicando o
caminho correto, fazendo inclusive previsões sobre quando o processo de ativação
da Telebrás será concluído.
"Acho que a Telebrás é um curinga do governo", admite Rogério Santanna.
"A proposta de existir um backbone público nunca foi excluída do processo".
Para o secretário, o fato de o Programa Nacional de Banda Larga já estar em
funcionamento em parceria com as concessionárias não anula a proposta de
reativar a estatal como gestora de uma rede pública que poderia, inclusive,
complementar o programa com ofertas de última milha no mercado.
O consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, tem
opinião semelhante. "Uma única proposta não seria capaz de resolver todos os
problemas de inclusão digital e comunicação do Brasil", avalia. "Com certeza,
várias ações integradas podem surtir um efeito mais duradouro nesse tema",
complementa o advogado, dizendo-se amplamente favorável ao projeto e citando
como exemplo a bem sucedida parceria com as concessionárias para a conexão em
banda larga das escolas públicas."