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Fonte: Convergência Digital
[24/11/09] Banda
Larga: No plano do Minicom, móveis arcariam com o maior custo (R$ 31 bilhões)
- por Ana Paula Lobo
Na proposta do Ministério das Comunicações para um Plano Nacional de Banda Larga
- que ninguém sabe se foi acatada pelo presidente Lula - seriam investidos R$
75,5 bilhões de 2010 a 2014, sendo que a maior parte - R$ 49 bilhões viriam da
iniciativa privadas - R$ 18 bilhões das operadoras fixas - R$ 31 bilhões, das
móveis.
O Governo faria uma renúncia fiscal de R$ 26,5 bilhões, com ações como isenção
de ICMS para banda larga até 30,00; isenção de PIS/Cofins e descontigenciamento
de recursos de fundos como o Fust, Funttel e Fistel e aportes de recursos do
BNDES. O Minicom propõe até uma revisão da Lei de Informática, com a adoção de
um PPB para software.
Em resumo, na proposta do Minicom - a única até o momento conhecida - frisando,
mais uma vez, que não se sabe se ela foi levada em conta ou não na reunião do
Palácio do Planalto - prevê que os os investimentos totais das prestadoras, que
levarão à meta de 90 milhões de acessos banda larga fixa e móvel em 2014, são de
aproximadamente R$ 49 bilhões (18 milhões de novos acessos banda larga fixa, com
investimento de R$ 18 bilhões, e 53 milhões de novos acessos banda larga móvel ,
demandando investimentos de R$ 31 bilhões).
Já em termos de investimentos públicos, a renúncia fiscal chegaria a R$ 26,5
bilhões. A proposta do Minicom prevê aportes diretos em programas e projetos em
várias esferas, além das renúncias da União, Estados e Municípios, previstas e
utilização de fundos setoriais, como o Fust, Fistel e Funttel.
Nesse quesito, o plano exemplifica que no caso de isenção do ICMS, PIS e COFINS
para planos de serviços banda larga, com preços em torno de R$ 30,00 (líquidos
desses impostos), as renúncias chegariam ao montante da ordem de R$ 2,8 bilhões
ao ano (estimando em 35 milhões de acessos fixos e móveis contratados a esse
valor, até 2014).
No caso de fundos setoriais, as alterações propostas para a Lei do FUST
encontram-se em processo de aprovação pela Câmara dos Deputados Federais e
preveem a utilização dos recursos do fundo para projetos de banda larga voltados
para a saúde, bibliotecas, órgãos de segurança pública e escolas rurais.
A aplicação anual de recursos do FUST em investimentos deverá corresponder ao
total do montante arrecadado a cada ano, ou seja, R$800 milhões/ ano. Já para o
FUNTTEL, estima-se a aplicação de até R$ 320 milhões anualmente.
A proposta também sugere a Implantação do Processo Produtivo Avançado, com a
incorporação de software na avaliação da concessão dos incentivos fiscais
previstos na Lei de Informática. Caberia ainda ao Governo Federal:
• Garantir a manutenção do Programa Computador para Todos (incluindo os modems
para os computadores) e os benefícios da Lei do Bem.
• Expandir o Programa GESAC para atendimento de acessos coletivos em áreas
rurais e de fronteira. Nesse contexto, avaliar o investimento na aceleração do
processo de desenvolvimento e lançamento do Satélite Geoestacionário Brasileiro
(SGB).
• Implementar as ações necessárias, no âmbito da administração direta, das
empresas de governo e das sociedades de economia mista, no sentido de
disponibilizar ativos públicos de fibras ópticas para viabilizar a estruturação
de uma oferta de rede de transporte de dados exclusivamente no atacado.
• Promover a gestão integrada da demanda de redes de dados no âmbito do Governo
Federal, tanto do ponto de vista do poder de compra, como de estruturação de um
sistema autônomo (AS – Autonomous System) ou grupo de sistemas autônomos que
reúna os entes de governo.