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Fonte:
Tele.Síntese
[05/10/09]
Cresce apoio à participação das teles no plano de banda larga - por Lúcia
Berbert
A participação das teles no Plano Nacional de Banda Larga é considerada
imprescindível para setores do governo. “Não dá para desprezar uma rede de 200
mil km de fibras ópticas das operadoras”, avalia um técnico. Segundo ele, a
Eletronet tem apenas 16 mil km de fibras. Além disso, com essa rede o governo
poderá oferecer backhaul e backbone, mas não a última milha, que representa mais
de 50% dos investimentos necessários, ressalta.
A intranet federal proposta pela Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação, do Ministério de Planejamento, prevê uma extensão de 31.448 km de
fibras ópticas, juntando a Eletronet, a rede da Petrobras e a da Eletrobrás. A
abrangência prevista é de atendimento a 4.245 municípios (76% do total existente
no país) em 23 estados mais o Distrito Federal, que somam uma população de 162
milhões de pessoas (ou 87% de todos os habitantes).
Para o técnico do governo, a participação das teles pode vir por meio de vários
mecanismos, como uso dos recursos do Fust (Fundo para Universalização dos
Serviços de Telecomunicações), do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento
Tecnológico das Telecomunicações) e até do Fistel (Fundo de Fiscalização das
Telecomunicações), além da redução de ICMS sobre o serviço de banda larga pelos
estados. Para isso, teria que mudar a lei do Fust e convencer os estados a
reduzir impostos – hoje São Paulo, Distrito Federal e Pará podem isentar serviço
de banda larga de até R$ 30 (na prática, a isenção ainda não está sendo
aplicada). No caso do Fistel, poderia ser dado um para as móveis que queiram
participar do plano, sugere o técnico, já que elas arcam com a maioria dos
recursos.
A idéia de só usar pequenas empresas, em substituição às teles, para a última
milha, como defende a SLTI, também é vista como inviável pelo técnico. Ele
entende que essas empresas não podem arcar com as conexões para os órgãos
públicos (a proposta prevê mais de 135 mil em todo o país). E defende que, para
incentivar essas empresas, a Anatel deveria modificar a forma de licitar
freqüências, oferecendo pedaços menores em áreas onde não há interesse econômico
para grandes empresas.
Na opinião desse técnico, o governo deve buscar a parceria tanto de empresas
fixas como móveis. “O edital de licitação deve ser por menor preço, sem escolher
tecnologias”, disse.
Essas e outras questões referentes ao Plano Nacional de Banda Larga estão sendo
discutidas hoje, em reunião do Comitê Gestor de Inclusão Digital, na Casa Civil.