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Fonte: Teletime
[14/10/09]
Teles
pedem segurança regulatória para investir - Mariana Mazza
A nova onda de discussão de políticas públicas para inclusão digital, iniciada
com a tentativa do governo de criar um Plano Nacional de Banda Larga, não pode
deixar de lado a importância da segurança regulatória para a manutenção dos
investimentos privados no setor. Este foi o recado dado por representantes de
operadoras de telecom e fabricantes em um dos debates realizados durante o
primeiro dia da Futurecom. "O desafio da regulação é o equilíbrio entre o
idealismo e a solvência", declarou Francisco Perrone, vice-presidente de
Assuntos Internacional da Oi e ex-conselheiro da Anatel. Esse equilíbrio é muito
"delicado", nas palavras do deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB/CE), mas deve
ser procurado para que o setor consiga continuar avançando.
No que depender da Anatel, as empresas podem ficar tranquilas. Segundo o
conselheiro Antônio Bedran, a agência reguladora "tem uma busca incessante para
estabilidade regulatória e pela segurança jurídica". E o Plano Geral de
Regulamentação (PGR) é uma prova deste comportamento, uma vez que baliza todas
as ações de grande impacto que a autarquia pretende tomar no curto, médio e
longo prazo.
A agência, porém, está limitada com relação à garantia de segurança com relação
ao plano de banda larga. "O papel da Anatel não é fazer política pública. O
papel da Anatel é aguardar a formulação dessa política e ai regular o que for
necessário", ponderou Bedran. Para Ércio Zilli, vice-presidente de Regulação e
Interconexão da Vivo, seria interessante aproveitar esse momento de mudanças
"profundas" no setor para reduzir a intervenção regulatória. "Quanto menos
regulação, mais fácil será o investimento", avaliou Zilli.
Para Lustosa, o debate em torno da inclusão digital é bom seja qual for o
desfecho regulatório. "Acho saudável o debate ter vindo à tona. É um bom sinal",
declarou o parlamentar. O desafio da regulação para os empresários é garantir
que exista uma meta clara para os projetos públicos a partir de agora. "É
preciso ter um norte. A gente está atrasado na busca deste norte. O importante é
definir: nós estamos fazendo um plano nacional de banda larga para quê? Qual a
finalidade?", desafiou Perrone.