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Fonte:
Tele.Síntese
[20/10/09]
Plano da banda larga: Minicom volta a participar dos debates - por Lúcia
Berbert
Em atenção a pedido da Presidência da República, o Ministério das Comunicações
voltou a participar das reuniões do comitê que discute a elaboração do Plano
Nacional de Banda Larga. Isso, entretanto, não muda a disposição do Minicom em
apresentar uma proposta paralela, com contribuição das operadoras de telecom.
Em linhas gerais, a proposta do Minicom prevê o atendimento de cerca de 30
milhões de domicílios até 2014, número baseado em pesquisas sobre classe social
do Brasil do IBGE e na consulta pública sobre políticas públicas, realizada pelo
ministério no ano passado. A velocidade vai depender do que se pretende oferecer
de serviços públicos on line, como telemedicina, ensino a distância, entre
outros. Mas não está descartada o que alguns estados está oferecendo em
programas de banda larga social, com velocidades de 256 Kb a 1 Mbps.
Técnicos do Minicom asseguram que serão tomados os cuidados para evitar que o
plano se limite a infraestrutura. “Na telefonia fixa, nós universalizamos o
acesso, mas não garantimos que todos fossem beneficiados pelo serviço”, disse um
deles. O pensamento dominante é de que o preço acessível é fundamental.
“A proposta virá com a apresentação de vários cenários, baseados em facilidades
que poderão ser oferecidas pelo governo para que as operadoras prestem o
serviço”, disse um técnico. Entre as facilidades estão a redução de impostos e
questões regulatórias, além de subsídios dos fundos setorias e de investimentos
diretos. O plano também terá que conectar os 135 mi pontos públicos (com exceção
das escolas, já atendidas em outros programas).
Oportunidades regulatórias
Já o plano tocado pelo comitê prevê a utilização da rede de fibra óptica do
sistema elétrico brasileiro, com 31 mil km de extensão, na parte de backbone. Na
reunião de ontem, o grupo de trabalho de estrutura de rede detalhou os custos
para implantação do backhaul e dos acessos públicos, avaliados em R$ 3,1
bilhões.
O grupo de trabalho sobre regulação, por sua vez, apresentou um levantamento
preliminar sobre oportunidades regulatórias que poderão ser agregadas ao plano.
O pedido informal para o adiamento da consulta pública sobre a destinação da
faixa de 2,5 GHz, já apontada como uma dessas oportunidades, não foi atendido
pela Anatel. O comitê gestor deve apresentar solicitações formais à agência.
A expectativa dos integrantes é de que o plano fique pronto no início de
novembro e, para agilizar o debate, contratou consultoria externa. O Minico