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Fonte:
Folha
[20/10/09] Governo
lançará plano nacional de banda larga de R$ 10 bilhões - por Raymond Colitt,
da Reuters, em Brasília
O Brasil lançará no final de novembro um plano nacional de banda larga com
necessidade de investimentos de R$ 10 bilhões, disse o ministro das
Comunicações, Hélio Costa, que defende parceria público-privada (PPP) para levar
o projeto adiante. A mensalidade pode ser de R$ 9,90, segundo declarou o
ministro.
Em entrevista nesta terça-feira (20), Costa disse ainda que o governo "neste
momento não tem uma empresa capaz de tocar um empreendimento desta magnitude",
ao ser questionado sobre a possível reativação da Telebrás para liderar a
universalização da internet rápida no país.
Helio Costa diz que país lança no final do ano um plano nacional de banda larga
com necessidade de investimentos de R$ 10 bilhões
Para o ministro, o plano deve incluir incentivos fiscais, crédito do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e uso de infraestrutura de
transmissão de dados do governo que está subaproveitada, entre outras coisas.
O governo de São Paulo lançou na última semana um programa de banda larga
popular com preço de R$ 29,90 por mês. Para Costa, esse valor pode ser bom para
o Estado, mas é alto se consideradas regiões mais pobres do país, como o Norte.
"De repente se pode fazer banda larga por R$ 9,90", disse o ministro, destacando
que o objetivo é que todo o Brasil tenha acesso veloz à web num prazo de até
cinco anos.
"É um projeto do próprio presidente [Luiz Inácio Lula da Silva], de querer na
última etapa do seu governo estabelecer no mínimo o começo, a implementação da
primeira fase de um plano nacional de banda larga", afirmou Costa.
Na semana passada, operadoras de telecomunicações privadas manifestaram o desejo
de participar do plano de universalização da banda larga, durante a feira do
setor Futurecom, em São Paulo.
O conselheiro da Oi, Otávio Marques de Azevedo, que preside a holding Andrade
Gutierrez, criticou fortemente a ideia de ressuscitar a Telebrás, aventada por
alguns técnicos do governo.
Outra demanda do setor é a retomada dos leilões de frequências para garantir que
o aumento da oferta de serviços seja suportado.
Costa disse que o governo está trabalhando para realizar licitações no primeiro
trimestre de 2010 e afirmou que questões técnicas impedem a oferta de
frequências "na pressa com que querem as empresas".
O governo pretende oferecer frequência usada para banda larga com tecnologia
WiMAX e a de 450 MHz que deseja usar para telefonia móvel em áreas rurais,
segundo Costa.
O governo está tentando solucionar problemas causados pela interferência entre o
WiMAX na frequência 3,5 GHz e a televisão banda C, com 20 milhões de antenas no
país.
"Até o final do ano nós resolvemos essa questão do 3,5 GHz com WiMAX, senão vai
ser o caos."
GVT
Uma possível aquisição da GVT ampliaria a competição e não levantaria
preocupações antitruste, disse Costa. "Vai incentivar a concorrência... Não vejo
essa questão de concentração."
O grupo francês Vivendi e a espanhola Telefônica, esta por meio da unidade
brasileira Telesp, realizaram ofertas de aquisição da GVT.