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Fonte: Clipping MP - Origem: Valor Econômico
[08/02/10]
Banda larga é prioridade da Anatel, diz novo procurador - por Danilo
Fariello
Responsável pela criação da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), no
ano passado, Marcelo Bechara será o novo procurador-geral da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), conforme publicado no "Diário Oficial da União" na
sexta-feira. À frente do posto jurídico, Bechara diz que os maiores desafios da
agência serão participar da elaboração do Plano Nacional de Banda Larga e as
possíveis reformulações nas normas de TV por assinatura, visando a sua
massificação.
Bechara era consultor jurídico do Ministério das Comunicações e lá organizou a
Confecom. Tanto a popularização da banda larga quanto a expansão da oferta da TV
por assinatura figuraram entre os temas mais polêmicos nas discussões da
conferência, que reuniu representantes do governo, sociedade civil e empresários
do setor.
Bechara substitui a advogada Ana Luiza Valadares, que pediu para sair do posto
no fim do ano passado. Depois de mais de quatro anos no ministério, Bechara diz
levar à Anatel uma relação de maior proximidade com o Executivo, onde são feitas
as políticas públicas.
Ele assumiu o posto de procurador apesar de não fazer parte do quadro da
Advocacia-Geral da União (AGU). Em seu novo papel Bechara também se posicionará
perante os temas do setor, oferecendo opiniões com base legal. "A ideia é
construir soluções técnicas e setoriais às políticas que emanam do governo
federal." Assim como todos os conselheiros que, atualmente, figuram na diretoria
da Anatel, Bechara foi indicado pelo ministro Hélio Costa.
Para ele, a experiência da Confecom - na qual se discutiu políticas e marco
regulatório para radiodifusão, TV por assinatura e internet, entre outros temas
- mostrou que há diversos interesses, muitas vezes até antagônicos, no setor. "O
papel jurídico na agência não é meramente indicativo, mas faz parte da
construção de soluções para o setor."
Atualmente, a Anatel tem, em audiência pública, o edital que leiloará a banda H
de telefonia móvel. A licitação visa a expandir a demanda por serviço móvel,
principalmente para conexão por banda larga via celular.
Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá avaliar proposta
formada por um grupo de trabalho interministerial para o Plano Nacional de Banda
Larga. O projeto a ser apresentado deve implicar custo de até R$ 14 bilhões, em
um programa que restaura a Telebrás como uma das responsáveis pela administração
da infraestrutura e oferta do acesso por até R$ 35. O valor dependerá da região
e da velocidade contratada, que deverá ser, no mínimo, de 1 megabit por segundo.
Pelo projeto, a Telebrás proveria o serviço de infraestrutura e também
ofereceria o acesso para instituições públicas e localidades com baixa
atratividade econômica para as companhias telefônicas.