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Fonte: TIInside
[24/02/10]
Secretário diz que governo não usará Eletronet para PNBL
Para colocar em prática o Programa Nacional de Banda Larga o governo não
utilizará rede de fibra ótica da Eletronet. Pelo menos é o que alega o
secretário de Logística do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna. Segundo
ele, a estrutura a ser utilizada no plano para universalizar a banda larga no
país será toda da Eletrobrás.
Santanna assegurou que o plano não envolve nenhuma relação econômica com a
empresa que pediu autofalência em 2003. "O meio que o governo vai utilizar não
passa por acordo com a Eletronet. A Eletronet é uma massa falida que continua
lá, gerida pelo síndico. O que o governo federal pode, eventualmente, é lançar
mão das redes de fibra ótica que estão de posse do sistema Eletrobrás. Não tem
nenhuma relação econômica com a Eletronet", afirmou.
De acordo com Santanna, as fibras são de propriedade da Eletrobrás e a "Eletronet
está usando enquanto se discute a falência dela". Dessa forma, argumenta
Santanna, não há nenhum prejuízo e também nenhum uso de qualquer ativo que
pertença à falida Eletronet.
O secretário afirmou ainda que não há possibilidade de os detentores de ações da
Eletronet serem beneficiados ou prejudicados pelo plano. "O sócio é hoje sócio
de uma dívida ou dos direitos que podem provir dessa massa falida. A Eletronet
não deixou de operar e nem vai deixar, e a massa falida vai ter que dar destino
a isso, vendendo os ativos e pagando os credores na medida das receitas que ela
obtiver da empresa", disse Santanna, referindo-se a Nelson dos Santos, dono da
Star Overseas Ventures, sócio do governo na Eletronet.
O governo pretende com a utilização da rede de fibra ótica cobrir 60% do
território nacional, onde está 90% da população do país. O governo também já
decidiu que usará a Telebrás como empresa estatal que vai gerir o sistema.
Santanna não quis falar sobre o custo do investimento, mas disse que a parte
mais cara, que seria a implantação da rede de fibra ótica já está pronta.
"É um investimento que já foi feito, que é a estrutura de fibra ótica. Seria um
desperdício não utilizá-la. É só iluminá-las [utliza-las para transmissão de
dados]. O que o governo terá é um ganho marginal de um investimento que já foi
feito", concluiu. As informações são da Agência Brasil.