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Fonte: Convergência Digital
[29/01/10]  Telebrás repassa cobrança da CVM/Bovespa para o Minicom - por Ana Paula Lobo

Ao ser questionada mais uma vez em função das variações em suas ações no mercado, a diretoria da Telebrás enviou uma carta à Bovespa e à Comissão de Valores Mobiliário informando que solicitou " esclarecimentos necessários sobre os rumores em relação à empresa ao Ministério das Comunicações".

No documento, a diretoria da Telebrás enfatiza que "desconhece fatos que possam justificar as oscilações nas ações", mas admite que elas possam estar ocorrendo em função 'do vasto noticiário divulgado na imprensa sobre intenções governamentais de projetos", sem citar diretamente, no entanto, o Plano Nacional de Banda Larga.

Fato é que desde o início da especulação sobre o futuro da Telebrás, a diretoria da estatal está às voltas com cobranças dos órgãos oficiais de mercado. Isso porque as oscilações nas ações da empresa têm sido uma constante - para baixo e para cima.

O presidente da estatal, Jorge da Motta Silva, inclusive, foi advertido pela CVM, em setembro do ano passado, por essas variações nos preços da ação. A movimentação financeira estaria ligada ao fato de a Telebrás vir a ser, de fato, gestora do projeto nacional de Banda Larga do governo Lula, a ser ainda anunciado formalmente.

Em outubro, com mais rumores, a Telebrás se eximiu de responsabilidade e encaminhou comunicado à CVM reiterando que 'desconhece a existência de projetos, até porque não é formulador de políticas públicas de telecomunicações, só podendo atuar junto ao mercado com fatos concretos, o que não vem ocorrendo". Agora, em janeiro, surge nova cobrança à diretoria da estatal.

Veja abaixo a carta encaminhada pelo presidente e diretor de Relações com Investidores da Telebrás, Jorge da Motta e Silva, à Bovespa e à CVM, nesta quinta-feira, 29 de janeiro.

À BOVESPA
NELSON BARROSO ORTEGA
Gerência de Acompanhamento de Empresas
Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA
São Paulo - SP

Prezado Gerente.

Em reposta aos Ofícios GAE 105 e 111 do mesmo teor, respectivamente dos dias 27 e 28 do corrente mês, temos a informar:

a) A diretoria da TELEBRÁS e este DRI desconhecem fatos que possam justificar as oscilações referenciadas com as ações da Companhia. Não temos qualquer documento oficial sobre a questão.

b)Já expedimos correspondência ao Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunicações, solicitando “esclarecimentos necessários para responder à CVM no prazo designado (cinco dias), objetivando informar ao Mercado.

c) Entretanto, julgamos que, dentre os possíveis fatos para a forte e clara especulação que vem ocorrendo, pode ser a repercussão do vasto noticiário veiculado pelos órgãos de imprensa, sobre assuntos de políticas de telecomunicações e intenções governamentais de projetos, assuntos estes recorrentes desde 2007.

Atenciosamente,
Jorge da Motta e Silva
Presidente e Diretor de Relações com Investidores