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Fonte: Convergência Digital
[03/05/10] Provedores
prometem levar Internet a mil cidades sem dinheiro público - por Luís
Osvaldo Grossmann
O projeto para massificar o uso da internet no país vai ganhar um novo
ingrediente nesta semana. Pequenos e médios provedores vão ao governo levar uma
proposta surpreendente na rapidez e no custo: eles prometem conectar mil cidades
em quatro meses sem que seja necessário nenhum desembolso em recursos públicos.
“Entre tantas alternativas onerosas, temos a felicidade de apontar nossa
capacidade tecnológica para iniciar o projeto de forma instantânea e sem
qualquer necessidade de investimentos para a última milha”, afirma o presidente
da rede Global Info, Magdiel da Costa Santos – a entidade reúne cerca de 700
provedores em 23 estados.
“Se a previsão de atendimento do Governo aponta a possibilidade de 300 pontos
iniciais, essa mesma quantidade de cidades já poderá ser atendida de imediato.
Em 30 dias, temos condições de dobrar esse número, e em até quatro meses chegar
a mil localidades”, promete.
Na prática, a proposta dos provedores é uma resposta às sugestões da Oi, que
pediu R$ 27 bilhões, e da Sky, que calculou em R$ 15 bilhões, para a construção
da última milha – ou seja, levar o acesso final aos consumidores. Eles esperam
apresentar essas ideias nesta semana ao secretário de Logística e TI do
Ministério do Planejamento, Rogério Santanna.
O “custo” para o governo estaria em garantir aos provedores acesso às fibras
óticas da Eletrobrás por R$ 200 o Megabyte. Com isso, eles prometem acesso aos
R$ 35 pretendidos no PNBL. “Os provedores de acesso à internet não precisam de
qualquer aporte financeiro para iniciar a execução do plano”, diz Magdiel da
Costa Santos.
A expansão sem custos, no entanto, seria para as primeiras mil cidades. “Se o
governo quiser investir, com R$ 100 milhões poderíamos chegar a 2 mil cidades em
um ano”, insiste o presidente da Global Info. A facilidade está na rede já
existente de provedores, presente em 1,3 mil municípios.
A oferta de acesso no atacado já faz parte das propostas do governo no desenho
do Plano Nacional de Banda Larga. Nas contas do trabalho coordenado pela Casa
Civil, com o uso das fibras óticas públicas seria possível vender acesso aos
provedores por algo como R$ 230 o Megabyte.