WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Telebrás e PNBL --> Índice de artigos e notícias --> 2010
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: G1
[06/05/10] Telebrás
ficará operacional em dois meses, diz secretário de tecnologia - Nathalia
Passarinho, do G1, em Brasília
Rogério Santanna disse ao G1 que será o novo presidente da estatal.
O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Rogério Santanna, um dos idealizadores do Plano Nacional de Banda
Larga, disse que a Telebrás, futura gestora ou “espinha dorsal” do plano, ficará
operacional em dois meses. Ele confirmou ao G1 que será o presidente da estatal.
“Sou eu [o novo presidente]. Recebi o convite e já aceitei”, disse.
Segundo ele, nas próximas semanas será escolhida a equipe da empresa, que deve
contar com cerca de 100 funcionários, transferidos da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) ou escolhidos para cargos de confiança.
Em entrevista ao G1, Santanna disse que a reativação da Telebrás faz parte de
uma “estratégia de defesa nacional”. Para o futuro presidente da estatal, o
governo brasileiro precisa ter maior controle sobre as comunicações.
“Não é por acaso que o Estado está reativando a empresa. Está reativando para
ter mais controle sobre as comunicações. Não tem Estado no mundo que não tem
autonomia de comunicação. É ridículo eu pensar que terei aí submarinos nucleares
no lago e de outro lado aviões de último tipo que se falam por um satélite
comercial sobre o qual eu não tenho qualquer controle ou por trechos de rede que
são loteados em Miami”, disse.
Santanna classificou de ingenuidade declarações de que o plano deveria ser
executado exclusivamente por empresas privadas, sem a atuação massiva do Estado.
“O Estado brasileiro tem que ter total autonomia sobre as comunicações. Essa
conversa, eu diria, é de ridículo a ingênuo.” De acordo com o secretário, as
empresas de telefonia que argumentam que a Telebrás terá condições privilegiadas
de atuação no mercado “querem o próprio monopólio”.
“As companhias de telefonia procuram na regulação se proteger da competição.
Elas vivem falando em concorrência e sonham o tempo todo com o próprio
monopólio. E agora vão concorrer”, disse. Santanna argumentou que a Telebrás não
terá privilégios ou isenções específicas, mas admitiu que o governo terá maior
facilidade de contratá-la, porque não serão necessários procedimentos de
licitação.
saiba mais
“Ela [Telebrás] é uma S.A., então paga todos os impostos que elas pagam, tem
ações em bolsa. Aliás, ela tem mais transparência até do que algumas empresas de
capital fechado, que a gente não sabe quanto que elas lucram. Não vai ter
nenhuma isenção de imposto que as outras não tenham. O que elas [empresas
privadas] estão reclamando é do fato de que, como é uma empresa pública, o
Estado pode comprar dela sem licitação e, portanto, vai ter mais rapidez para
contratar, e vai contratar essas redes estratégicas com essa empresa”, disse.
Segundo Santanna, o próximo passo para a o plano da banda Larga é negociar com
as operadoras de telefonia para que elas participem na implementação do serviço
para o consumidor final. Nesta sexta-feira, representantes de empresas privadas
se reúnem na Casa Civil para tratar de participação no projeto.