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Fonte: Agência Brasil
[08/05/10]  Participação da Telebras no PNBL preocupa Comitê de Democratização da Informática - por Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil

Brasília – O Comitê de Democratização da Informática (CDI) avalia com preocupação a presença da Telebras como gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Para o diretor executivo da organização não governamental (ONG), Rodrigo Baggio, “traz preocupações a estratégia de ressuscitar a Telebras”.

“Recebo o plano com alegria. Mas também com preocupação, porque precisamos implementar a eficiência e a transparência na gestão do uso dos recursos financeiros. Principalmente por envolver uma empresa estatal”, disse.

O CDI é uma ONG que, segundo o seu diretor executivo, tem o objetivo de promover as ações de inclusão digital em comunidades que não têm acesso à informática.

Baggio, que participou do grupo que discutiu e apresentou sugestões ao PNBL, defende que o governo adote a política de incentivos fiscais como estratégia para a internet rápida chegar às regiões mais remotas.

“Há formas melhores do que o uso de uma estatal. Os incentivos fiscais seriam uma alternativa [para despertar o interesse das operadoras nessas localidades]. Outro problema são os altos impostos que incidem sobre a banda larga”, avalia. “É um plano ambicioso, mas poderia ser mais eficiente”, completou.

O diretor executivo do CDI também criticou a maneira como é administrado os recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust). “Mais de R$ 10 bilhões estão contingenciados há mais de dez anos. Esse dinheiro poderia estar revolucionando o país, caso fosse aplicado na inclusão digital e na implantação da banda larga em todos os municípios”, disse.

Na avaliação de Baggio, as lan houses (lojas de acesso à internet) é que deveriam ter o “papel de protagonista” no PNBL. “Já existem mais de 109 mil empreendimentos desse tipo no Brasil, e eles são usados como acesso à rede mundial de computadores por 48% dos brasileiros. Nas regiões Norte e Nordeste este percentual sobe para 69%, mostrando que as lan houses são um tipo de negócio comunitário que se espalha fortemente pelo país, e que pode ajudar a fazer com que a internet chegue nos municípios mais remotos”, afirmou.