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Fonte: Estadão
[13/05/10] Comitê
(CGPID) que vai coordenar o Plano Nacional de Banda Larga tem nova composição
- por Gerusa Marques, da Agência Estado
Quatro novos ministérios participarão da implantação do programa
BRASÍLIA - O Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, que coordenará a
implantação do Plano Nacional de Banda Larga, passa a ter uma nova composição,
com quatro novos ministérios, segundo decreto presidencial publicado nesta
quinta-feira, 13, no Diário Oficial da União.
O comitê, criado no ano passado, continuará sendo presidido pela Casa Civil.
Participam ainda um representante do gabinete pessoal do presidente da República
e os ministérios das Comunicações, Ciência e Tecnologia, Educação, Cultura e
Planejamento, além da secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Os novos integrantes são os ministérios do Desenvolvimento, da Saúde e da
Fazenda, além da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.
O decreto faz um remanejamento de 10 cargos em DAS do Ministério do Planejamento
para o gabinete pessoal do presidente da República para atender à secretaria do
Comitê, que passará a uma assessoria técnica permanente.
O Comitê terá ainda quatro grupos temáticos, começando pelo de
- Infraestrutura e Serviços de Telecomunicações, que será coordenado pelo
Ministério das Comunicações. Os demais são:
- Grupo de Aplicações, coordenado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão;
- Grupo de Conteúdo, coordenado conjuntamente pelos Ministérios da Cultura e da
Educação; e
- Grupo Temático de Política Industrial, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação,
coordenado conjuntamente pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia.
O decreto lista ainda algumas competências da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) com o objetivo de promover a concorrência no setor e a
ampliação dos serviços de banda larga.
Decreto não estabelece metas nem menciona capitalização da Telebrás
O decreto não estabelece metas de implantação do programa, nem mesmo a intenção,
anunciada na semana passada pela ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, de
chegar a 2014 com 40 milhões domicílios conectados em banda larga, contra os 12
milhões atuais.
O texto também não fala das 100 cidades que deverão fazer parte do
projeto-piloto, que testará o programa neste ano, nem das possíveis parceiras
como provedores de internet e as grandes operadoras de telefonia para chegar ao
consumidor final.
Na semana passada, o governo já havia dito que este detalhamento será feito pelo
Fórum Brasil Digital, uma espécie de mesa de negociação que será criada no
início de junho e terá a participação do governo, da iniciativa privada e da
sociedade civil.
O decreto lista as novas atribuições da Telebrás, que será a gestora do plano,
mas não menciona a capitalização, também anunciada na semana passada, de R$ 3,22
bilhões do Tesouro para a estatal. Esta capitalização, segundo o presidente da
Telebrás, Rogério Santanna, será feita em três anos, sendo que a primeira e a
maior parcela - de R$ 1,5 bilhão - será aportada em 2011.
Decreto repete comunicado
O decreto define as atribuições da Telebrás, que será a gestora do programa. O
texto repete o fato relevante encaminhado na semana passada à Comissão e Valores
Mobiliários (CVM), em que foram oficializadas ao mercado as novas funções da
empresa.
A estatal é autorizada a "usar, fruir, operar e manter a infraestrutura e as
redes de suporte de serviços de telecomunicações de propriedade ou posse da
administração pública federal". Isso quer dizer que a Telebrás vai administrar
redes de outras estatais - como a Eletrobrás e a Petrobrás - e alugar a
capacidade de transmissão de dados dessas redes para empresa privadas prestarem
serviços de internet ao consumidor final.
O decreto, como já havia sido anunciado, prevê que a estatal poderá atuar na
ponta, também oferecendo serviços aos usuários. Mas isso ocorrerá "apenas e tão
somente em localidades onde inexista a oferta adequada" dos serviços. Essas
localidades que serão atendidas pela estatal serão definidas posteriormente pelo
Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, coordenado pela Presidência da
República.
A Telebrás terá ainda que implantar a rede privativa de comunicação da
administração pública federal e prestar apoio e suporte a políticas públicas de
conexão à internet rápida para universidades, centros de pesquisa, escolas,
hospitais, postos de atendimento e telecentros comunitários.
O texto deixa claro que a estatal vai exercer essas atividades "de acordo com a
legislação e a regulamentação em vigor". As operadoras de telefonia, sempre que
comentavam sobre a reativação da empresa pediam isonomia com o setor privado.