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Leia na
Fonte: WirelessBRASIL
[19/09/10]
Coleção
de matérias sobre o Fórum Brasil Conectado ("Segundo
Encontro" realizado nos dias 24, 25 e 26 de agosto)
Fonte: Teletime
[24/08/10] Governo
e empresas negociarão no Confaz como viabilizar Internet popular - por
Mariana Mazza
O primeiro dia da jornada de debates do Fórum Brasil Conectado abriu uma janela
para governo, empresários e governadores tentarem uma conciliação que permita,
enfim, viabilizar uma oferta popular de banda larga no Brasil. Em uma das
plenárias realizada nesta terça-feira, 24, o governo resolveu intermediar uma
mesa de negociações entre as teles e o Conselho de Política Fazendária (Confaz),
que congrega os secretários de Fazenda dos estados, para tentar conciliar as
necessidades dessas duas esferas e conseguir atingir um preço ideal para
popularizar a Internet no Brasil.
O encontro ainda não tem data fixada, mas os representantes do Confaz presentes
na plenária já concordaram com a abertura da conciliação. As teles também estão
dispostas a conversar sobre o assunto. Mas talvez o maior interessado seja o
governo, que mira na Internet popular para deslanchar a inclusão digital no
país. A pergunta que o governo pretende responder nesse diálogo é: por que as
isenções tributárias para novos clientes já aprovadas pelo Confaz não foram
suficientes para tornar viável a banda larga popular?
Nos últimos anos, o conselho aprovou a desoneração plena da banda larga para
novos clientes e cinco estado aderiram. Desde então, apenas São Paulo
regulamentou a Internet móvel popular e tentou implantar um programa próprio,
mal sucedido por conta da incapacidade de redução do custo final estabelecido
pelo Confaz de R$ 30 para os clientes. Segundo as teles, a falha na equação está
no custos dos modens de banda larga 3G, que encareceriam a oferta apesar da
isenção total de ICMS, maior tributo que incide sobre as telecomunicações.
No Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o governo federal propôs a criação de
um plano mínimo, com velocidade de 512 kbps e download limitado, bem mais
restrito do que a oferta estabelecida pelo governo paulista. Além disso, sugeriu
a venda apenas do serviço, desvinculando a comercialização do modem, como forma
de viabilizar um pacote popular de R$ 10 (ou R$ 15, considerando a incidência de
impostos). Acontece que, ainda assim, há empresas que entendem que a Internet
popular é inviável nessas condições.
Assim, o encontro entre governo, empresários e secretários de Fazenda poderá, ao
menos, esclarecer porque o custo final do serviço é tão difícil de ser reduzido.
É certo que muitos estados também resistem à renúncia tributária por conta da
forte participação das telecomunicações nas receitas locais. Segundo
representantes do Confaz, a arrecadação com telecom representa de 21% a 22% da
receita total dos estados atualmente.
O assessor especial da Presidência da República, Nelson Fujimoto, acredita que
todas as partes podem ceder para a construção de um plano que beneficie os
brasileiros de menor renda. "Estamos indo realmente para negociar", garantiu,
sinalizando que o próprio PNBL pode passar por ajustes para que o pacote popular
de Internet vire realidade. No projeto original, o governo já concordou com
isenção de PIS/Cofins para as novas conexões de baixa renda e renúncia da
arrecadação de Fistel (tanto na taxa de instalação quanto na de fiscalização) e
Fust das empresas que criarem planos de banda larga a R$ 10.
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Fonte: Teletime
[24/08/10]
Governo estuda criar linha especial no BNDES para pequenas empresas - por
Mariana Mazza
O governo estuda uma saída para resolver um dos maiores problemas de micro e
pequenas empresas no setor de telecomunicações: a falta de crédito. A
dificuldade de acesso a crédito com juros baixos aflige pequenos empresários em
todos os segmentos, especialmente pela dificuldade de apresentar garantias para
a captação dos recursos.
A solução que está em estudo no governo é a criação de linhas de crédito no
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltadas
exclusivamente para atender às necessidades do setor de telecomunicações,
inclusive as iniciativas de pequeno porte. A ideia central é estabelecer um
programa de financiamento com o objetivo de fortalecer a participação das
empresas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
O assunto foi tema da primeira plenária realizada no encontro desta terça-feira,
24, do Fórum Brasil Conectado, grupo criado para o debate entre governo e
sociedade sobre o PNBL. Segundo Nelson Fujimoto, assessor especial da
Presidência da República, a proposta ainda está em elaboração, mas foi bem
recebida pelos participantes do fórum. Por ora, não há definição nem do montante
da futura linha de crédito nem das taxas de juros que serão aplicadas no
financiamento.
Foco no pequeno
Uma modalidade específica de financiamento resolverá o problema das garantias.
Segundo Fujimoto, o governo quer que pequenos empresários possam ter acesso às
linhas de financiamento pelo Cartão BNDES, que hoje libera empréstimos até R$
500 mil. Mas o grande diferencial está com relação às garantias.
A proposta do governo federal é criar um fundo garantidor que permita aos
pequenos ter acesso à créditos até maiores ao poder apresentar uma garantia
alternativa. Para viabilizar o plano, o governo está conversando com o Banco do
Brasil, a Caixa Econômica Federal e o próprio BNDES.
Subvenção
Outro item de incentivo à cadeia produtiva das telecomunicações é a ampliação do
montante do Funttel que será destinado à subvenção de projetos de pesquisa e
desenvolvimento no próximo ano. O montante em 2010 foi de R$ 40 milhões e o
governo quer expandir o orçamento para R$ 200 milhões. A proposta ainda precisa
ser aprovada pelo Congresso Nacional na análise do Orçamento 2011.
Uma das ações que já estão sendo promovidas é a definição de R$ 90 milhões para
subvenção de projetos de inovação tecnológica que estão na carteira do Finep.
Esses recursos vêem do FNDC. Outro projeto de fomento que tem impacto no PNBL é
a regulamentação da legislação que fomenta a compra de equipamentos nacionais,
que está em fase de elaboração.
Estudos e debates
O ritmo veloz de evolução tecnológica do setor de telecomunicações fez com que o
governo resolvesse ampliar a análise de onde o Brasil pode avançar na cadeia
produtiva. Para isso, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) deverá
promover um workshop no dia 15 de setembro para discutir as novas tecnologias e
analisar quais os caminhos que o país pode seguir para entrar, de fato, no grupo
de desenvolvedores tecnológicos.
Outro debate deverá ser promovido daqui a duas semanas, segundo Nelson Fujimoto.
A conversa será com as empresas de telecomunicações e com a indústria produtora
de equipamento. No encontro, que deve contar com a presença de associações como
Telebrasil e Abinee, tentará ser respondida uma das grandes dúvidas do setor:
por que as grandes teles não investem em equipamentos nacionais? Segundo o
assessor da presidência, as teles têm se mostrado dispostas a ampliar seus
investimentos na indústria nacional nos debates realizados até agora.
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Fonte: Teletime
[24/08/10] Telebrás
pode ter orçamento de até R$ 1,4 bi para primeira etapa do PNBL - por
Mariana Mazza
Para a primeira etapa de revitalização da Telebrás e atendimento das metas
iniciais do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o governo federal pretende
garantir uma verba total de R$ 1,4 bilhão à estatal em 2010 e 2011. O presidente
da Telebrás, Rogério Santanna, declarou nesta terça-feira, 24, que o orçamento
da estatal para o próximo ano deve ser de R$ 400 milhões.
Em 2010, o orçamento da empresa responsável pelo gerenciamento do futuro
backbone público já é de R$ 600 milhões, mas a agenda apertada deve fazer com
que parte desta verba só seja aplicada no próximo ano. Para atingir os R$ 1,4
bilhão, o governo pode lançar mão de créditos suplementares. Vale frisar que os
valores para o Orçamento 2011 ainda estão sendo finalizados e representam apenas
um parâmetro, já que necessitam de aprovação do Congresso Nacional.
Com relação ao plano de gastos em 2010, a Telebrás mantém o cronograma já
divulgado de iniciar as contratações dos primeiros serviços para a rede pública
a partir do fim de setembro. Os editais devem entrar em consulta pública no fim
de agosto, de acordo com esta agenda pré-fixada.
A meta inicial de atender ao menos 100 cidades brasileiras com backbone público
ainda neste ano também está mantida. Segundo Santanna, a lista já está pronta e
contém 116 cidades, incluindo as capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste,
mais Brasília. A lista deverá ser apresentada aos participantes do segundo
encontro do Fórum Brasil Conectado, que teve início nesta terça. A Telebrás será
tema de debate nas plenárias de quinta-feira, 26.
Para Santanna, mesmo a primeira etapa sendo tímida perto do projeto original, de
atender 300 cidades em um ano, a simples revitalização da Telebrás já tem
rendido frutos à sociedade. "Só o fato de a Telebrás existir já fez o preço
baixar. Eu tenho recebido relatos de provedores de que já estão aparecendo
propostas melhores de preço no mercado", contou. Um exemplo, embora também de
empresa pública, é o da Copel, concessionária de energia do Paraná. A
distribuidora já tem oferecido capacidade de rede no preço sugerido pelo governo
no PNBL para provedores interessados.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[24/08/10] Brasil
tem que focar primeiro na inclusão digital, diz Erenice Guerra - por Mariana
Mazza
Teve início nesta terça-feira, 24, o segundo encontro do Fórum Brasil Conectado
com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. O evento tem
como propósito debater com os diversos segmentos da sociedade as diretrizes que
nortearão o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Em seu discurso de boas-vindas
às entidades, a ministra-chefe pediu que o projeto seja de longo prazo,
funcionando como uma alavanca para a consolidação das conquistas sociais obtidas
até agora pelos brasileiros.
"Construiremos nos próximos dias um pacto das telecomunicações brasileiras; um
pacto para a próxima década", afirmou Erenice sobre a "jornada" de três dias de
debate que se iniciou hoje em Brasília. O discurso da ministra teve traços
políticos evidentes, frisando ações realizadas pelo governo federal que teriam
estimulado ainda mais a demanda por serviços de banda larga nos últimos anos.
"Sempre se falou no 'Brasil, país do futuro'. Esse tempo é agora; Juntos, o
presidente Lula e a sociedade brasileira construíram esse novo Brasil, porque
construíram um novo presente. O futuro é agora", declarou a ministra. "O pobre
deixou de ser estorvo e passou a ser mercado consumidor. Por isso precisamos
agora atender as expectativas desse novo mercado consumidor."
Erenice Guerra destacou que a primeira meta do governo é incluir toda essa nova
massa consumidora no mundo digital. E só após isso ser realizado, será possível
pensar em um projeto mais progressivo, envolvendo velocidades maiores do que os
512 kbps definidos no PNBL. "Gostariamos muito de falar em banda larga de 100
Mbps como outros países, mas somos obrigados a ficar com os nossos 512 kbps por
enquanto. Até porque hoje, há quem não tenha velocidade nenhuma", argumentou.
"Depois da inclusão, aí é hora de sermos ambiciosos", complementou.
Características próprias
A ministra sugeriu que o PNBL não perca de vista as características próprias do
Brasil, buscando soluções para as realidades do país. Assuntos estratégicos como
a criação de fábricas de semicondutores no Brasil ou de conteúdos interativos,
estimulando a cadeia produtiva brasileira estão em pauta. "Mas não podemos fugir
da realidade do fazendeiro que precisa da Internet para vender sua produção. Do
jovem que mora na cidade e quer falar com sua mãe no interior", ponderou. "O
nosso processo de desenvolvimento não é mais americano ou europeu. Nosso projeto
é ser brasileiro", afirmou sobre as mudanças que ocorreram no país nos últimos
anos.
Apoiando o que chamou de "cesta básica de Internet", a ministra pediu que os
debates privilegiem a convergência dos serviços e a qualidade da oferta ao
consumidor, considerados pontos cruciais dessa etapa do projeto. O encontro com
as entidades civis ocorre até quinta-feira, 26, e discutirá 196 propostas
encaminhadas pelos representantes da sociedade em painéis temáticos. A intenção
final não é a fixação de um "marco regulatório" do PNBL, mas sim "traçar
premissas e orientações" para a execução do projeto, segundo a ministra Erenice
Guerra.
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Fonte: Teletime
[25/08/10] Ipea
irá avaliar resultados qualitativos e quantitativos do PNBL - por Mariana
Mazza
O governo aproveitou o segundo encontro do Fórum Brasil Conectado que acontece
esta semana em Brasília para anunciar o lançamento de um projeto amplo para
diagnosticar a situação das telecomunicações brasileiras, pontos estratégicos de
avanço na inclusão e, especialmente, os resultados do Plano Nacional de Banda
Larga. O projeto será gerenciado pelo Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea)
e se constituirá em uma grande rede virtual de dados sobre o setor de
telecomunicações, compilando levantamentos hoje dispersos em vários órgãos
públicos e civis.
Segundo Cosette Castro, membro do Comitê Gestor das Políticas de Inclusão
Digital (CGPID), que coordenou a plenária em que o anúncio foi feito, o governo
pretende monitorar quantitativamente e qualitativamente o cumprimento das metas
fixadas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A rede virtual irá absorver
dados sobre o setor gerados pelo IBGE, pelo Comitê Gestor de Internet (CGI) e
pela Anatel, para citar alguns exemplos. Mas a rede estará aberta a outras
informações de outras instituições que ajudem a mapear especialmente a qualidade
da oferta de banda larga que vem sendo prestada no país.
"Nessa primeira etapa de construção, o Ipea avaliará primeiro quais parcerias já
estão firmadas com órgãos que possuem esses dados, em segundo lugar quais
números já estão disponíveis e, por fim, quais os dados que são necessários além
destes para a análise", explicou Cosette. Para prospectar essas futuras
parcerias, o Ipea abriu um fórum específico onde as entidades poderão se
cadastrar para acompanhar e colaborar com o projeto. O site é o forum.ipea.gov.br
.
A proposta também tem um viés de dar publicidade a dados que, muitas vezes, não
são de acesso pleno da sociedade em seus órgãos de origem. A ideia é produzir
relatórios periódicos sobre esse acompanhamento, divulgando os cenários da
inclusão digital brasileira. O governo ainda não sabe quando a rede estará
plenamente organizada, mas o trabalho já está em curso e o próximo Fórum Brasil
Conectado já deve contar com uma compilação prévia do Ipea para os debates sobre
as metas mais ambiciosas do PNBL, que envolvem incentivos à cadeia produtiva de
softwares e conteúdos voltados, especialmente, para aplicativos de governo
eletrônico. O próximo encontro do Fórum está previsto para ocorrer em outubro
deste ano.
Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[25/08/10] Criação
de parâmetros para qualidade da Internet está longe do consenso - por
Mariana Mazza
O segundo dia da jornada de debates do Fórum Brasil Conectado, que acontece esta
semana em Brasília, começou com uma plenária sobre um dos pontos de maior
crítica atualmente no universo dos consumidores: a qualidade dos serviços de
banda larga prestados no país. Mas, apesar de praticamente todas os segmentos
presentes na discussão desta quarta-feira, 25, concordarem com a necessidade de
definição de algum tipo de parâmetro para que o consumidor seja melhor atendido,
não houve consenso sobre qual a melhor fórmula para colocar isso em prática.
Segundo o membro do Comitê Gestor da Política de Inclusão Digital (CGPID) Arthur
Coimbra, muitas ideias foram apresentadas no encontro, mas o assunto ainda será
melhor explorado em reuniões paralelas ao fórum. Os representantes da Anatel
declararam que estão trabalhando no assunto, com a inclusão de critérios mínimos
de atendimento da velocidade vendida ao consumidor e a possibilidade de
estabelecer a obrigação de oferta de mecanismos de monitoramento da velocidade
pelo próprio cliente nas regras da telefonia móvel.
Ainda assim, a impressão geral foi de que este é apenas um primeiro passo e é
preciso avançar mais na regulamentação dos serviços de dados e de outros pontos
estratégicos para o setor, como a neutralidade de rede, para que o consumidor
seja realmente atendido com qualidade. "A gente quer que tenha uma norma dizendo
que a neutralidade de rede é um princípio básico e compulsório, por exemplo",
declarou a advogada da ProTeste, Flávia Lefèvre, que participou da plenária. As
empresas, no entanto, tem resistido a inclusão da neutralidade como um princípio
básico amplo no setor.
Velocidade controlada
Com relação à oferta final do serviço ao consumidor, os debates se concentraram
em duas correntes de monitoramento da velocidade. Uma delas, defendida
principalmente pela Anatel, é o estabelecimento de uma velocidade mínima ou
percentual mínimo a ser entregue ao consumidor em relação à velocidade anunciada
pelas empresas. É nessa linha que o Plano Geral de Metas de Qualidade do Serviço
Móvel Pessoal (PGMQ-SMP) e o regulamento desse serviço estão sendo reformados
pela agência reguladora.
A outra corrente, apoiada por exemplo pela Telcomp, é a criação de um "selo de
qualidade" da banda larga. O selo poderia ter três cores: verde, amarelo e
vermelho, sendo o primeiro voltado para as ofertas de Internet com melhor índice
de velocidade. Nenhuma proposta teve maioria e o governo resolveu encaminhar o
assunto para uma reunião específica, ainda sem data fixada, onde Anatel,
operadoras de telecom e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) deverão
estabelecer quais os melhores parâmetros para solucionar o dilema do controle de
qualidade da Internet em banda larga.
Também houve uma pré-definição de que, se a Anatel realmente estabelecer como
regra a adoção de medidores para que os consumidores possam controlar a
velocidade oferecida, que esse sistema seja padronizado. Segundo representantes
da agência, existe um projeto do NIC.br sobre o assunto e a Anatel está
analisando desde já a adoção da padronização dos medidores.
Regulamentação
Outra reunião paralela foi agendada para discutir um tema ainda mais polêmico: a
definição do que é a banda larga no Brasil afinal, em qual regime jurídico ela
se enquadra e a eventual regulamentação específica da comunicação de dados no
país. Este encontro também não tem data para ocorrer e partiu de uma iniciativa
da ProTeste. "É preciso criar um serviço de comunicação de dados. Tem um vácuo
hoje entre a LGT e a Anatel que precisa ser preenchido", afirmou a advogada da
entidade.
Para Flávia, a regulamentação neste caso cabe ao Ministério das Comunicações e
não a Anatel pois está se falando da delimitação de um serviço e não da
regulação de mercado puramente. O debate sobre o tema continuará entre a
entidade de defesa do consumidor e as duas associações representativas das
teles, o SindiTelebrasil e a Telcomp.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[25/08/10] Para
teles, "oferta adequada" de banda larga é quando o serviço é oferecido - por
Mariana Mazza
O debate mais acalorado até o momento do Fórum Brasil Conectado ocorreu nesta
quarta-feira, 25, sobre a controvérsia definição do que é uma "oferta adequada"
de serviços de banda larga no Brasil. O tema é polêmico simplesmente porque este
é o caminho previsto na regulamentação do Plano Nacional de Banda Larga para que
a Telebrás deixe de ser apenas uma operadora de rede para atuar de fato como uma
prestadora de serviço ao consumidor final. O decreto nº 7.175, que implantou o
PNBL, contém uma ressalva de que a estatal só poderá oferecer os serviços
diretamente quando for verificado que não há "oferta adequada" de banda larga
por parte do setor privado.
Como já era de se esperar, a maioria das associações representativas do setor de
telecomunicações se opôs frontalmente à ideia de a Telebrás ser uma prestadora
de serviços. Representantes das teles chegaram a dizer que a empresa estatal não
poderia "nunca" concorrer diretamente com as empresas privadas. Até mesmo a Rede
Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), rede pública utilizada por universidades,
aderiu à corrente contrária a uma operação direta da Telebrás no mercado de
banda larga. Para as teles, onde houver oferta de banda larga, sem importar a
que preço ou velocidade real, haveria "oferta adequada" do serviço.
Atuação positiva
Por outro lado, entidades de defesa do consumidor como ProTeste e Idec, além de
organizações civis como o Fórum Nacional pela Democratização da Informação (FNDC),
não economizaram na defesa de uma atuação mais ampla da estatal onde a
concorrência ou a oferta do serviço for precária. Para essas entidades, o
critério da falta de "oferta adequada" pode ser utilizado inclusive em praças
consideradas bem atendidas com serviços de telecomunicações, mas que ainda
possuem áreas de exclusão digital em periferias, como ocorre em São Paulo, por
exemplo.
Apenas representantes do setor de TV por assinatura apostaram em uma postura
"meio-termo", sugerindo que o governo considere as diferenças regionais na
aplicação do conceito. Todos concordaram apenas em um aspecto: de que a Telebrás
talvez não tenha fôlego para atender sozinha todas as localidades sem Internet
em banda larga existentes hoje no Brasil, para além das áreas onde a oferta pode
ser considerada inadequada.
Decisão de governo
Diante de opiniões tão conflitantes, o Comitê Gestor das Políticas de Inclusão
Digital (CGPID), responsável pelo controle do PNBL, acabou saindo do encontro
reforçado, uma vez que caberá a ele definir o conceito final do que seria a tal
"oferta adequada". Pelo decreto do PNBL, essa decisão já seria do CGPID, mas os
embates de hoje podem, de certa forma, ter ampliado esse poder pois colocaram o
comitê em uma posição de "mediador" do conflito. Na prática, o CGPID poderá
escolher pela definição que mais lhe agrada no contexto do PNBL, uma vez que os
diversos segmentos afetados não possuem uma opinião consensual sobre o assunto.
A plenária que tratou do tema foi a única até agora a não ter um encaminhamento
final de novas discussões entre os setores da sociedade, exatamente por conta do
poder dado ao comitê para resolver a questão. A conclusão da plenária acabou
sendo organizar as manifestações apresentadas nesta quarta e sinalizar com três
parâmetros que serão levados em consideração na definição da polêmica "oferta
adequada": qualidade, velocidade e preço. Segundo Arthur Coimbra, membro do
CGPID e um dos mediadores do debate, não houve sugestões concretas sobre qual
seria a velocidade ideal ou o preço aceitável para a definição desse parâmetro.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[25/08/10] Comitê
de Inclusão Digital participará da elaboração de editais em telecom - por
Mariana Mazza
A Anatel deixará de decidir sozinha os critérios para a venda de licenças de
serviços em telecomunicações. O Comitê Gestor dos Programas de Inclusão Digital
(CGPID) pretende orientar a agência reguladora a definir os modelos de leilão no
setor, ampliando o uso de métodos alternativos e mais modernos de venda de
licenças. O assunto foi tema de plenária nesta quarta-feira, 25, no Fórum Brasil
Conectado, evento que congrega os diversos segmentos envolvidos na construção do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Segundo Gabriel Laender, assessor da presidência e membro do CGPID, a intenção
final do governo é implantar o modelo popularizado nos Estados Unidos conhecido
como "concurso de beleza" (beauty contest), modalidade em que vence o
concorrente que oferecer mais vantagens à sociedade, como maiores investimentos
em determinado período, ampliação ou melhoria de serviços, entre outros.
No último leilão realizado pela Anatel, o do 3G, em 2007, a agência inovou ao
incluir contrapartidas de expansão da rede de telefonia móvel em troca de uma
redução do preço mínimo das licenças. A iniciativa rende elogios até hoje à
agência por parte de membros do governo, mas o plano agora é ser ainda mais
ambicioso. Nos "concursos de beleza", o preço da licença realmente deixa de ser
o alvo da administração pública para a escolha dos vencedores. O edital ideal
nesse modelo sequer teria uma remuneração financeira pela outorga, com a
administração trocando plenamente a arrecadação por projetos de investimento e
ampliação dos serviços.
No caso brasileiro, por conta da legislação em vigor, uma remuneração mínima
deve continuar sendo exigida. Mas nada impede que, em um projeto futuro de
edital, o governo venha a cobrar apenas o preço público de remuneração do custo
administrativo, hoje fixado em R$ 9 mil. Os membros do CGPID, no entanto, não
fizeram projeções de quanto o custo pode ser reduzido nesses editais futuros.
Apesar de o alvo final ser o modelo alternativo com as contrapartidas em lugar
de laces elevados, iniciativas mais progressivas podem ser experimentadas desde
já, em editais que estão em elaboração pela Anatel como o da Banda H, 450 MHz e
3,5 GHz. Com a participação do CGPID na construção desses editais a partir de
agora, novas contrapartidas podem ser estabelecidas inclusive articuladas com
outras áreas de interesse da sociedade que não apenas as telecomunicações como
saúde e educação. "A Anatel não estará mais sozinha nessa área", concluiu
Gabriel Laender.
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Fonte: Teletime
[25/08/10] Governo
pode criar nova política nacional de compartilhamento de redes - por Mariana
Mazza
A última plenária realizada nesta quarta-feira, 25, no Fórum Brasil Conectado,
em Brasília, tratou de um dos assuntos mais complexos e sensíveis da gestão de
infraestrutura nacional. Governo, empresas e entidades civis discutiram qual o
melhor método para que a construção de novas obras públicas levem em conta a
necessidade de assegurar espaços físicos para a implantação de redes de
telecomunicações. E, principalmente, como equacionar essa questão nos projetos
de engenharia já construídos, como estradas, gasodutos, redes elétricas e outras
redes gerenciadas por concessionárias de serviços públicos.
A saída sinalizada pelo governo no fim do encontro sugere que mudanças drásticas
podem ser promovidas na legislação que rege os setores de infraestrutura. A
equipe do Comitê Gestor de Políticas Públicas (CGPID), ligada à Casa Civil,
defendeu a implementação de iniciativas não apenas no âmbito federal, mas também
em estados e municípios, este último responsável pela gestão do uso do solo
urbano em suas áreas de administração.
Com relação às novas obras de serviços públicos, a estratégia é deixar clara a
previsão de que o responsável deverá incluir no projeto a implantação de dutos
para a passagem de redes de telecomunicações. Em princípio, a ideia é editar um
decreto sobre o assunto, mas o governo tem um discurso ainda cauteloso com
relação ao instrumento legal para viabilizar a diretriz. No caso das obras já
concluídas, o assunto é mais polêmico e as repercussões, mais amplas.
A proposta sinalizada é rever as regulamentações que obrigam a transferência
plena de recursos obtidos pelas concessionárias de serviços públicos (tal como
elétricas ou rodovias) com a exploração de serviços alheios ao objeto contratual
para a modicidade tarifária. O exemplo mais conhecido é o do setor elétrico,
onde as distribuidoras têm que reverter o lucro obtido com aluguéis de suas
redes à empresas de telecomunicações, por exemplo, para a redução das tarifas de
energia.
O entendimento da equipe do CGPID é que essa regra de ouro dos setores
privatizados acaba desestimulando o compartilhamento das redes. Para reverter
essa lógica, o governo cogita alterar até mesmo a Lei de Concessões, retirando a
modicidade tarifária como um conceito intimamente ligado à exploração múltipla
das redes. Mas as mudanças mais fortes podem ocorrer nas regulamentações
setoriais, liberando as concessionárias para apropriar parte dos lucros desse
"aluguel" das redes a terceiros. A ideia ainda será melhor debatida em outros
âmbitos, inclusive com os setores afetados e órgãos como o Conselho Regional de
Engenharia (CREA), segundo participantes do debate.
Infraestrutura municipal
Outra iniciativa ambiciosa é dialogar com municípios para ampliar esse fomento a
construção de infraestruturas múltiplas dentro das cidades. Essa frente de ação
consiste na edição de uma possível "orientação" aos governos locais para que
estes adéquem seus planos diretores à previsão de dutos para telecomunicações em
suas obras públicas. A orientação poderá ter como alvo o Estatuto das Cidades,
segundo membros do CGPID. A ideia é ambiciosa porque visa inclusive a previsão
desses dutos na construção de novos edifícios. O objetivo final é,
evidentemente, abrir espaço para a construção futura de uma rede FTTx
,aproveitando o avanço das próprias cidades.
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Fonte: Teletime
[26/08/10]
Governo divulga lista das 100 primeiras cidades a serem atendidas pelo PNBL
O governo federal guardou para o último dia do 2ª Fórum Brasil Conectado a
divulgação da esperada lista de 100 cidades que compõem a primeira fase do Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), programa que pretende massificar o acesso à
Internet rápida no país. O planejamento foi apresentado nesta quinta-feira, 26,
aos participantes do fórum de debates do PNBL e, mesmo sendo composto por uma
maioria inquestionável de localidades com baixíssima oferta de banda larga,
ainda assim houve desconforto com algumas escolhas.
A seleção atinge 15 estados das Regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Houve uma
preocupação de escolher mais ou menos o mesmo número de cidades em cada estado:
no mínimo seis e no máximo oito por unidade da federação. As capitais dos
estados atendidos nesta primeira etapa não estão na lista, mas devem também
fazer parte da oferta inicial do PNBL. O número final da primeira fase de
atendimento é de 116 cidades, pois, apesar de o Distrito Federal não estar na
lista, a capital Brasília também foi incluída no PNBL.
Para a seleção foram considerados diversos critérios, incluindo o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade, o número de acesso em banda larga
existentes na área e a densidade do serviço. Segundo Rogério Santanna,
presidente da Telebrás, mais da metade das cidades escolhidas possui uma
densidade de banda larga (número de acesso em relação ao de habitantes) inferior
a 0,19%. A Telebrás será a empresa responsável por implantar o PNBL e o
principal expediente que será usado são as parcerias com provedores de acesso.
"Esta é uma proposta que precisa de parceiros, que serão pequenos e médios
provedores. Caso não encontremos esses parceiros, podemos trocar algumas cidades
da lista", explicou Santanna. Um aspecto importante é que, nesta primeira fase,
a estatal só fará a oferta direta ao consumidor em última instância. No momento,
esta hipótese está completamente descartada simplesmente porque ainda não foram
definidos os parâmetros práticos para que a Telebrás possa, de fato, fazer essa
comercialização. A definição está nas mãos do Comitê Gestor das Políticas de
Inclusão Digital (CGPID).
Caso essa troca seja necessária, a equipe do CGPID já tem uma espécie de "lista
reserva", que não foi divulgada. A seleção das localidades também foi feita
usando um critério bastante pragmático: todas as cidades da lista estão em um
raio de 50 km do backbone público, composto pela rede das empresas de energia
elétrica e que passará a ser gerenciado pela Telebrás.
Laboratório
A lista elaborada pelo governo prezou pela diversidade de realidades locais. Há
cidades muito pequenas, como Riachão/PB, com apenas 3,405 mil habitantes e
nenhuma conexão de Internet em banda larga. E cidades de médio porte, como Duque
de Caxias, no Rio de Janeiro, que possui mais de 840 mil habitantes mas com um
baixo índice de atendimento em banda larga. As conexões na cidade são de
aproximadamente 30 mil, gerando uma densidade de apenas 3,58% na banda larga.
A cidade com maior densidade entre as selecionadas é Campinas, em São Paulo, com
16,47%. A seleção da cidade paulista surpreendeu alguns representantes das
empresas de telecomunicações. Eles entendem que a oferta em Campinas é
satisfatória e não há justificativa para que o governo a inclua em um plano de
massificação da banda larga.
Santanna respondeu às críticas argumentando que algumas cidades, como o caso em
debate, foram selecionadas exatamente para "testar" a eficiência do modelo
criado pelo governo para a implantação da política pública. Nessas cidades,
apesar do atendimento das teles nos centros, existiriam áreas de periferia com
oferta precária ou mesmo sem qualquer atendimento. E é aí que o PNBL pretende
atacar.
Os detalhes do método de seleção das cidades serão divulgados pelo governo no
site do Fórum Brasil Conectado, que pode ser consultado no endereço http://culturadigital.br/pnbl.
Veja abaixo a lista das cidades selecionadas por estado:
*Alagoas
Arapiraca, Messias, Palmeira dos Índios, Joaquim Gomes, Pilar e Rio Largo
*Bahia
Feira de Santana, Itabuna, Camaçari, Governador Mangabeira, Eunápolis,
Governador Lomanto Júnior, Muritiba e Presidente Tancredo Neves
*Ceará
Sobral, São Gonçalo do Amarante, Quixadá, Barreira, Maranguape e Russas
*Espírito Santo
Cariacica, Domingos Martins, Conceição da Barra, Piúma, São Mateus, Vila Velha e
Itapemirim
*Goiás
Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Águas Lindas de Goiás, Alexânia e
Itumbiara
*Maranhão
Imperatriz, Paço do Lumiar, Presidente Dutra, Porto Franco, Grajaú e Barra do
Corda
*Minas Gerais
Barbacena, Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete, Ibirité, Sabará, Uberaba,
Ribeirão das Neves e Santa Luzia
*Paraíba
Campina Grande, Campo de Santana, Araruna, Riachão, Dona Inês, Bananeiras e Duas
Estradas
*Pernambuco
Carpina, Tracunhaém, Nazaré da Mata, Paudalho, Limoeiro e Aliança
*Piauí
Piripiri, Campo Maior, José de Freitas, Piracuruca, Batalha e São João da
Fronteira
*Rio de Janeiro
Angra dos Reis, Nova Iguaçú, São Gonçalo, Piraí, Mesquita, Rio das Flores, Duque
de Caxias e Casimiro de Abreu
*Rio Grande do Norte
Santa Cruz, Nova Cruz, Passa e Fica, Parnamirim, Lagoa d'Anta, Extremoz e Açú
*Sergipe
Nossa Senhora da Glória, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras, Japaratuba, São
Cristóvão e Carira
*São Paulo
Campinas, Guarulhos, Pedreira, Serrana, Conchal, Embu e São Carlos
*Tocantins
Gurupi, Araguaína, Paraíso do Tocantins, Wanderlândia e Porto Nacional
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[26/08/10]
Teles reclamam da inclusão de cidades de alto poder aquisitivo na lista da
Telebrás
As operadoras de telecomunicações criticaram duramente a relação de cidades que
serão atendidas inicialmente pela oferta de capacidade de rede da Telebrás..
Segundo as operadoras, o serviço de banda larga está disponível em 97 das 100
cidades divulgadas na reunião desta quinta, 26, do Fórum Brasil conectado.
Segundo nota do Sinditelebrasil, sindicato patronal que reúne as empresas, “a
meta do governo, de chegar a 4.283 municípios até 2014, será ultrapassada em
muito já em dezembro de 2010 pela iniciativa privada, que instalará suas redes (backhaul)
em todos os 5.565 municípios brasileiros até fim deste ano”.
Segundo a nota do Sinditelebrasil, o governo não só está duplicando a rede já
existente como está avançando sobre mercados de alto poder aquisitivo e alta
penetração. Diz ainda que o governo deixou de atender 89 cidades que estão em um
raio de 50 km dos pontos de presença do backbone da Telebrás. A associação
ressalta que as “redes fixas de banda larga já estão presentes em mais de 4.800
municípios” e que “a infraestrutura de 3G, por sua vez, está em 1.023 cidades e
a previsão é de que alcance três mil municípios no próximo ano”. A tese
defendida pelas operadoras é de que “as operadoras privadas são a melhor opção
para massificar os serviços e atender à população com banda larga”.
Segundo a nota, “os acessos em banda larga pelas redes privadas chegaram a 26,1
milhões. Ao longo do primeiro semestre foram ativados 7,7 milhões de novas
conexões de internet rápida, entre acessos fixos, celulares 3G e modems de
conexão à internet. O crescimento no semestre foi de 42% em relação a dezembro
de 2009, que registrou 18,4 milhões de acessos”.
Da Redação
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Fonte: Teletime
[26/08/10]
Para Alvarez, tentativa das teles de restringir operação da Telebrás é "cruel"
- por Mariana Mazza
A conclusão do 2º Fórum Brasil Conectado, núcleo de debates sobre o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), rendeu vários elogios do coordenador do grupo, o
assessor especial da Presidência da República Cezar Alvarez aos participantes
pelas propostas apresentadas. Mas Alvarez também não poupou críticas a alguns
segmentos por conta da falta de diálogo em assuntos considerados polêmicos. Uma
das grandes alfinetadas teve como destinatário as empresas de telefonia. O
coordenador do PNBL não ficou nada satisfeito com a postura das principais
entidades do setor em um dos debates mais polêmicos sobre o plano: a
classificação do que é uma "oferta adequada" de banda larga.
Essa definição é uma peça estratégica para que a revitalizada Telebrás possa
também atuar no mercado como uma operadora de telecomunicações, atuando no
acesso. Isso porque o decreto que criou o PNBL definiu que a estatal poderá
oferecer banda larga ao consumidor única e exclusivamente quando não houver essa
"oferta adequada". Cabe ao Comitê Gestor das Políticas de Inclusão Digital (CGPID)
definir o conceito, mas o grupo resolveu colocar o assunto em pauta no fórum.
Acontece que associações como a Telebrasil e a Telcomp mostraram-se frontalmente
contrárias à possibilidade de a Telebrás operar em áreas onde existe qualquer
tipo de presença das teles. Em resumo, o conceito das teles é que, onde há
oferta, ela é necessariamente adequada. Para Alvarez, essa lógica é uma
"crueldade" por parte das empresas.
"Vir aqui e falar que basta a banda larga chegar que tu tens que ficar contente?
Que as pessoas têm que se contentar com migalhas?", reclamou durante seu
discurso de encerramento do Fórum. "Dizer: 'Tu não tinhas nada, então agora fica
contente?'. É muito cruel", arrematou. Segundo Alvarez, é preciso considerar
também a qualidade dessa oferta de serviço e não apenas a oferta pura e simples.
Resistência a planos incentivados
A resistência das empresas ao plano incentivado de banda larga previsto no PNBL,
onde as empresas que se associarem ao projeto poderão receber benefícios fiscais
caso ofereçam pacotes com custo máximo de R$ 15 para o consumidor, também rendeu
críticas. Nas palavras de Alvarez, um setor "que precisa se legitimar o tempo
todo" deveria se dispor a discutir alternativas na prestação da oferta. Ainda
segundo o coordenador do PNBL, apesar de o setor "encher a boca" para falar que
emprega ou que investe mais do que outros, haveria pouca disposição para buscar
novos modelos de atuação no mercado.
Mas não foram apenas as teles que viraram alvo de críticas. Alvarez também
incomodou-se com a falta de posicionamento da Abinee. Os fabricantes de
equipamentos associados à instituição têm reclamado reiteradamente das propostas
do governo com relação ao fomento da indústria em outros fóruns, mas não teceram
comentários sobre as propostas no debate organizado pelo Comitê Gestor das
Políticas de Inclusão Digital (CGPID). "Acho que ficou faltando disposição para
fazer uma discussão mais profunda. Dizer qual a participação de vocês no
projeto", provocou Alvarez.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[26/08/10]
Provedores terão limite de 10 usuários por link de 1 Mbps para usar rede da
Telebrás - por Mariana Mazza
Parâmetros para a oferta
A base do plano com relação à oferta final é o uso de parcerias, especialmente
com pequenos e médios provedores de acesso. Os provedores que venham a se tornar
parceiros da Telebrás terão acesso a uma oferta de capacidade de rede a um preço
abaixo do praticado pelo mercado, de R$ 230 por cada mega de capacidade. Mas,
para fazer jus à parceria, as empresas terão que oferecer o serviço dentro de
parâmetros pré-estabelecidos pelo governo. O mais conhecido é o preço: a oferta
final ao cliente não poderá custar mais do que R$ 35 por uma velocidade de 512
kbps, incluindo os impostos.
A Telebrás exigirá também índices de qualidade para a oferta. O padrão de oferta
por esses provedores terá de ser, no máximo, de 1 Mbps para cada 10 usuários. Ou
seja, o provedor só poderá conectar 10 usuários para cada 1 mbps contratado na
estatal. Não existe um parâmetro formal para as ofertas comerciais existentes
hoje no mercado brasileiro, mas Santanna afirma que as análises por órgãos que
acompanham a Internet no Brasil mostram um índice de qualidade de até 1 para 35
nas ofertas atuais. O índice mais favorável já localizado no mercado é de 1 para
16.
Com essa ressalva qualitativa, o governo espera garantir uma oferta de
velocidade real bem mais próxima da velocidade nominal anunciada aos clientes.
Outro aspecto de qualidade garantido pela Telebrás e de que a rede pública será
neutra, sem qualquer tipo de prática que possa ser classificada como traffic
shaping, política muito usada por empresas de telecomunicações no mundo onde há
uma priorização do tráfego de dados, reduzindo as velocidades de transferência
em outras aplicações, como o VoIP.
"Vamos realmente assegurar que todos os pacotes são iguais perante a rede. Será
a democracia dos dados", afirmou o presidente da Telebrás, repetindo o jargão
que se tornou famoso entre os defensores da neutralidade de rede. Segundo
Santanna, muitos provedores já procuraram a Telebrás para dizer que estão
prontos para fazer a oferta nos termos especificados pelo governo.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[26/08/10]
Telebrás corre contra o tempo para cumprir meta do PNBL - por Mariana Mazza
A divulgação da lista das 100 cidades que serão atendidas na primeira fase do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) nesta quinta-feira, 26, reabriu o balcão de
apostas sobre a real capacidade do governo de cumprir sua primeira meta do
projeto. A proposta é conectar essas 100 cidades até 31 de dezembro de 2010, mas
a longa jornada de revitalização da Telebrás (responsável por tornar viável o
plano), seleção das localidades e discussão de objetivos, deixou o governo com
pouco tempo para executar as compras necessárias para ligar a rede pública e
iniciar na prática o plano de massificação da banda larga ainda neste ano.
Para que o cronograma possa ser cumprido, a estatal tem corrido contra o tempo
para preparar os editais de compra de equipamentos para os radio-enlaces
necessários à prestação do serviço. As minutas desses editais, que utilizarão a
modalidade tomada de preço via pregão eletrônico, devem ficar prontas ainda
neste mês para divulgação. A ideia é concluir a compra até o fim de setembro.
Mas a prática dos perdedores nos processos licitatórios protestarem na Justiça o
resultado pode comprometer a agenda.
Santanna assegura que o governo está atento ao risco de contestação judicial dos
resultados e que, mesmo que isso ocorra, espera cumprir o prazo fixado pelo
governo. Uma vez homologados os contratos, a estimativa média para que os
equipamentos sejam entregues, montados e ligados é de 45 dias. Assim, mesmo que
as compras sejam feitas de forma tranquila, a Telebrás terá pouco mais de um mês
até o fim de 2010 para colocar a rede pública em funcionamento e fechar as
parcerias necessárias para que os moradores das cidades selecionadas possam
realmente ter uma oferta comercial de banda larga via PNBL.
Anéis
Na primeira fase, o PNBL usará apenas os anéis Sudeste e Nordeste, que já estão
montados. O novo anel que atingirá as Regiões Norte e Centro-Oeste ainda não tem
data fixada para ser implantado. Mesmo colocando o PNBL em execução em um
pequeno número de cidades que estão próximas a estas redes, a Telebrás terá que
iluminar todo o backbone para que a oferta seja possível.
Para isso, será feito um edital específico para a compra de equipamentos
necessários para ativar os anéis. Paralelamente, a estatal promoverá os leilões
para a aquisição de equipamentos de rádio-enlace para que as cidades listadas
possam, de fato, ser conectadas. Nas redes de telecomunicações em funcionamento,
as empresas costumam fazer dois "saltos de rádio", ou seja, dois enlaces de
rádio a partir do backbone, para conectar a clientela. Com isso, a rede acaba
tendo um uso mais eficiente, ampliando o raio de acesso à infraestrutura de
transporte de dados.
No caso do PNBL, como o projeto está apenas começando, a Telebrás fará apenas um
"salto de rádio". Isso gerou uma limitação do raio de atuação da estatal por
enquanto: todas as cidades listadas para a primeira fase do plano estão a uma
distância de 50 km da rede. Mas Santanna ponderou que esse é apenas o início e
que nas etapas futuras o raio de abrangência da rede pública será ampliado com
novos enlaces.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[26/08/10]
Alvarez garante que PNBL não ficará só no debate - por Mariana Mazza
O governo federal deu um aviso claro aos setores que reuniram-se nesta semana
para debater o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no Fórum Brasil Conectado,
em Brasília: a equipe do projeto seguirá trabalhando nas decisões estratégicas
para o projeto, mesmo que alguns assuntos ainda estejam em debate na sociedade.
O alerta foi dado por Cezar Alvarez, coordenador do PNBL e membro do Comitê
Gestor das Políticas Públicas de Inclusão Digital (CGPID), na despedida do
evento. "Fala-se muito que o governo debate, debate e, depois, não faz. Pois eu
digo que, entre a cruz e a espada, nós faremos", afirmou.
No processo de consolidação das estratégias políticas que permeiam o PNBL, o
governo optou por um modelo de amplo debate com os segmentos interessados no
projeto ao constituir o Fórum Brasil Conectado, que está em sua segunda edição.
Nos encontros, entidades civis, empresas e órgãos de defesa do consumidor
puderam apresentar opiniões sobre os pontos relevantes para que o projeto saia
do papel. Mas o alerta de Alvarez rememorou que, não necessariamente, o governo
optará por uma decisão conciliada com todos os segmentos, cabendo sempre ao
CGPID a palavra final.
Em seu discurso de fechamento do fórum, o coordenador do PNBL inclusive
apresentou sua opinião sobre as decisões por consenso. "Tem gente que pensa que
a busca do consenso é absoluta. Muitas vezes é mais importante localizar o
dissenso e respeitá-lo como posição, do que chegar a um consenso rápido e que
pode não se sustentar", declarou.
Decisões
Após o término do encontro, Alvarez foi mais objetivo com relação à atuação do
CGPID nas próximas semanas. Segundo o coordenador, o comitê irá iniciar algumas
ações debatidas durante o encontro desta semana. Uma delas é a aproximação com a
Anatel para rever o modelo de licitação usado atualmente. A proposta é
modernizar o sistema, investindo mais nas contrapartidas do que na busca pela
maior arrecadação.
Esta e outras ações podem, inclusive, já estarem consolidadas quando ocorrer o
próximo Fórum Brasil Conectado, agendado para outubro. "Não precisamos aguardar
o 3º Fórum. O governo está muito tranquilo para executar suas funções e atender
as demandas do Brasil", afirmou. A expectativa é que a Anatel possa até mesmo já
ter uma minuta de edital trabalhada em conjunto com o CGPID para o leilão do 450
MHz antes do próximo encontro.
Mas o pragmatismo do comitê ficará restrito às questões menos polêmicas e mais
técnicas. Assuntos controversos como a definição do que é "oferta adequada" de
banda larga não serão decididos de forma açodada, segundo Alvarez. "Esse é um
tema que temos que discutir mais", avaliou. A oferta adequada é, talvez, o
principal ponto ainda não resolvido para a operação plena da Telebrás no PNBL
pois, permitirá que a estatal entre na oferta direta ao consumidor onde não
houver a tal "oferta adequada" por parte do setor privado.
O alvo central é consolidar o máximo de pontos possíveis do plano estratégico de
implantação do PNBL ainda neste ano. "Devemos chegar no final desse ano com
algumas ações inequívocas para apresentar ao presidente ou à presidenta do
Brasil", comentou Alvarez.