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Leia na Fonte: Teletime
[11/08/11]  Telebrás comemora emissão da primeira fatura de cobrança

A Telebrás está em festa. E não se trata de uma força de expressão. Os funcionários da estatal comemoraram um momento histórico para a companhia: a emissão da primeira fatura de cobrança em 39 anos de existência da empresa. Ocorreu durante a tarde desta quinta, 11, uma celebração na sede da companhia com direito até a uma placa com a reprodução da fatura. “Assinamos o contrato no começo de junho, entregamos no final de junho e ele (a Sadnet de Santo Antônio do Descoberto, GO) demorou duas semanas para fazer a aceitação. Aliás, emitimos a primeira fatura, histórica. Hoje nós temos até uma comemoração aqui na Telebrás, porque é a primeira fatura que a Telebrás emitiu”, afirma Caio Bonilha, presidente da estatal.

Cerca de 700 provedores se cadastraram no site da Telebrás, que já assinou contrato com cerca de 30 deles e uns três ou quatro estão em operação comercial. “A grande maioria está em período de aceitação, e a fatura é emitida em aproximadamente 75 dias depois da assinatura do contrato”, diz Bonilha.

Mas a companhia tem outros motivos para comemorar. Ontem o TCU aceitou a negociação de preços mais baixos com os vencedores do edital para a contratação de equipamentos de infraestrutura. O TCU, em concordância com os argumentos da Seteh Engenharia, identificou um sobrepreço de R$ 53,9 milhões no valor global do edital. Por conta desse processo, a Telebrás ficou cerca de dois meses e meio sem poder emitir ordens de serviço para os demais equipamentos, uma vez que não tinha ainda a infraestrutura para recebê-los.

Caio Bonilha aprendeu uma lição com o episódio. Daqui em diante os próximos editais serão para backbone e backhaul separadamente. Assim, a empresa minimiza o risco de ter as obras completamente paralisadas caso haja um problema como esse. “O grande problema dessa licitação é que foi feito infraestrutura de backbone e backhaul no mesmo pregão. Então amarrou a nossa construção de cidades. Nos próximos, nós vamos separar”, diz ele.

Bonilha mostra um certo ressentimento com a acusação de sobrepreço no pregão. A Telebrás, à época, mostrou ao TCU que havia indícios de irregularidade nas tabelas de preços apresentadas pela denunciante. “Já que eles disseram que nós superfaturamos, então, nós gostaríamos de dar oportunidade de eles oferecerem o preço que eles dizem que praticam”, desafia o presidente da Telebrás.

O único trecho em que não houve acordo foi o da rede Norte. A vencedora optou por desistir do contrato e a ata foi cancelada. Para a região Norte, a Telebrás irá abrir nova licitação para a infraestrutura de backhaul. No que se refere ao backbone, a decisão ainda não está tomada porque depende da evolução do acordo com a Eletronorte. “A nossa preferência é só ampliar a capacidade com a Eletronorte, até porque a rede deles é compatível com a nossa do ponto de vista de fabricante equipamento. Do ponto de vista técnico e do erário público é quase um desperdício contratar se nós já temos lá”.

Diante do atraso para a instalação dos equipamentos, a Telebrás está refazendo todo o cronograma de atendimento para o ano. O orçamento será de R$ 300 milhões sendo que metade deverá ser aplicada no backbone e metade no backhaul.

Copa

Perguntado sobre como a estatal administraria as prioridades de conectar os estádios das cidades-sede da Copa e ao mesmo tempo aumentar a capilaridade da rede para o interior do País, Bonilha explica que os estádios, salvo exceções como Recife, estão dentro do ambiente urbano, o que facilita o atendimento. Mas reconhece que a tarefa exige um investimento adicional, tanto que está previsto R$ 200 milhões para o trabalho, o que, segundo ele, não é conflitante com o que precisa ser feito fora dos grandes centros. Vale ressaltar que os R$ 200 milhões não serão executados este ano.

Bonilha ainda esclarece que a tarefa da Telebrás é disponibilizar conexão na porta dos estádios para qualquer terceiro interessado, o que não se confunde com a atribuição da Oi de prover a conectividade para os profissionais de mídia e para as delegações dos países participantes que lá estarão.
Helton Posseti