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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[08/12/11]
Minicom foi avisado da iniciativa contra a Telebras, afirma Levy
- por Miriam Aquino
O presidente do SindiTelebrasil afirma que enviou carta ao Ministério
questionando os contratos entre a Telebras e elétricas.
O presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, esclareceu hoje a posição da
entidade, frente ao fato de o Ministério das Comunicações ter reclamado do
fato de não ter sido informado sobre a ação na justiça das teles contra a
Telebras.
A entidade que representa as operadoras de telecomunicações ingressou na
justiça pedindo para que a Telebras torne públicos os contratos firmados com
as concessionárias de energia elétrica e Petrobras para o uso das redes de
fibras óticas.
Segundo Levy, a carta do sindicato foi enviada ao Ministério das
Comunicações em 22 de março deste ano e ela foi respondida, assegurou o
executivo. "O ministério nos respondeu, anexando a posição da Telebras,
alegando que os contratos têm cláusulas de sigilo comercial e não poderiam
se tornar públicos", afirmou ele.
Para as operadoras privadas, no entanto, a Telebras, como empresa estatal,
tem que seguir a lei 8.666 e tornar públicos todos os seus contratos. "O
Banco do Brasil, quando contrata serviço de telecomunicações, torna
disponíveis os seus contratos porque é obrigado por lei a fazer isto. Ao
contrário do Bradesco. Assim também deve ser com a Telebras", argumenta.
Segundo Levy, o sindicato ingressou na justiça contra a Telebras e näo
contra as empresas de energia elétrica porque o comprador do da
infraestrutura, no caso a estatal de telecom, é que deve abrir as
informações.
TCU
Levy afirmou que o pleito para a abertura dos contratos foi encaminhado
também para diferentes órgãos da administração pública federal. Entre eles,
o Tribunal de Contas da União (TCU) que, em resposta, anexou o acórdão
537/2006. Nesta decisão o tribunal alega que as empresas públicas só podem
ter cláusulas de sigilo em caso de serguança nacional ou de guerra.
A Anatel também recebeu o pleito das teles e o encaminhou para a área
técnica. A ANP (reguladora do petróleo), por sua vez, informou que a
Petrobras está dentro da lei quando disponibiliza as fibras para a Telebras;
e a Aneel (reguladora da energia elétrica) entendeu não haver necessidade de
os contratos se tornarem públicos.
Foi enviada carta também para a Amec (entidade que representa os
minoritários), mas ela não se manifestou.