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Fonte: Tele.Síntese
[04/01/11]
Datacom e Medidata são declaradas vencedoras pela Telebrás
Os contratos só poderão ser assinados a partir de quinta-feira, quando termina o
prazo para eventuais recursos.
A Datacom vai fornecer os equipamentos de solução de rede IP/MPLS, referente às
redes de borda de acesso IP, para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O
contrato com a Telebrás, no valor de R$ 110,227 milhões, deve ser assinado nos
próximos dias, uma vez que a empresa brasileira venceu o pregão nº 6/2010 da
estatal, realizado em novembro e cuja análise das propostas foi concluída ontem
(3). Segundo o pregoeiro João Santana, da Telebrás, foi concluída também a
análise do pregão 5/2010 (para o core IP) e habilitada a empresa Medidata
(controlada pelo grupo espanhol Amper), que venceu todos os lotes e assinará
contrato no valor de R$ 60,598 milhões.
Embora a análise técnica tenha sido concluída e as duas empresas declaradas
vencedoras, para que o processo seja finalizado é preciso aguardar até
quinta-feira, dia 6, quando termina o prazo para eventuais recursos. A Huawei
foi uma das empresas que manifestou interesse em recorrer. Se isto ocorrer, as
empresas vencedoras têm até o dia 11 para se manifestar e o pregoeiro até o dia
18 para analisar tanto o recurso quanto a defesa.
Cautelar
Segundo o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, a medida cautelar do
Tribunal de Contas da União (TCU) não impedirá o fechamento do negócio. Ele
disse que os advogados da estatal entregaram nesta terça-feira (4) o pedido de
reconsideração ao órgão de controle.
A ação do TCU foi decorrente de representação da Seteh Engenharia contra o
pregão 2/2010, para compra de equipamentos de infraestrutura da rede pública de
fibras ópticas. A denúncia é de que houve superfaturamento dos equipamentos e
serviços, mas o presidente da Telebrás disse que outra empresa, a Telmon, que
participou do pregão, entrou com recurso alegando que o preço apresentado pelas
duas empresas vencedoras era baixo demais e, portanto, insuficiente para
realizar o serviço.
Além disso, Santanna alega que a Seteh sequer participou do pregão. O TCU chegou
a determinar à estatal que não amplie o contrato para implantação do Programa
Nacional de Banda Larga, relacionado ao Pregão Eletrônico para Registro de
Preços, até que as fiscalizações sejam encerradas e o Tribunal decida
conclusivamente sobre a questão.
O TCU disse que vai verificar se a contratação por parte da Telebrás obedeceu
aos critérios de ampla publicidade e competitividade e se as propostas
vencedoras são, de fato, as mais vantajosas para a administração pública.
Contratos já assinados
Dos pregões já realizados pela Telebrás, dois já foram finalizados e as empresas
contratadas: a Padtec, que assinou contrato no valor de R$ 63,099 milhões para
fornecer os equipamentos DWDM, e as empresas Clemar e Zopone, que assinaram
contratos para fornecer as soluções de infraestrutura (fornecimento de
conteineres, gabinetes e materiais para proteção dos equipamentos opticos, radio
e IP), incluindo instalação, treinamento e operação inicial. A Clemar venceu o
pregão para o anel Sudeste (num contrato de R$ 128,607 milhões) e para o anel
Norte (R$ 61,580 milhões). Já a Zopone vai fornecer a infra nos anéis Nordeste
(contrato de R$ 207,270 milhões) e Sul (R$ 75,772 milhões).
Além dos contratos já assinados e dos dois pregões cujas empresas foram
habilitadas, foram realizados dois outros pregões que estão em análise: uma para
a contratação de rádios e torres e outro para sistemas auxiliares para a rede IP,
como DNS.