WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Telebrás e PNBL --> Índice de artigos e notícias --> 2011
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: Cultura Digital
[04/01/11]
"Post"
de Marcelo Rodrigues Saldanha da Silva
Marcelo Rodrigues
Saldanha da Silva publicou uma atualização no grupo
PNBL – Construindo políticas em rede: 3 dias, 12 horas atrás ·
Ver
Pessoal vamos lá. Alguns tópicos para alinhamento das informações no tocante a
execução do PNBL :
• Em 2011 a projeção é que sejam instaladas pelo menos 1700 cidades no Brasil
com o backhaul da Telebrás, ou seja, chegará link na porta das cidades.
• A velocidade máxima que a Telebrás irá dispor é de 64 mega, com cidades mais
populadas
• Cada mega dedicado que a Telebrás entregará, sairá por R$ 230,00 ao mês
• Os valores por cada 512 kbps vendidos aos usuários não poderão exceder 35,00
por mês
• Os cadastramentos de provedores e prefeituras interessadas já estão abertos no
site da Telebrás
• Estas cidades que foram escolhidas representam mais da metade da população
brasileira, ou seja, são as cidades mais populadas.
Quais são os tópicos ligados aos temas propostos para debate :
• Serão 1700 cidades com uso de link de internet pública para fins privados e
com lucratividade se for o caso de provedores a usarem ou prefeituras sendo os
gestores das redes de última milha.
• Baseado nos cálculos que fizemos um pequeno provedor não conseguirá manter o
serviço com um retorno lucrativo mínimo, ou seja, continuaremos nas mãos de
grandes provedores. (A base de cálculo foi feito em relação somente aos valores
referentes à venda do serviço de acesso e nos custos operacionais para empresas
com licença SCM, que é obrigatória para quem quiser participar do PNBL como
prestador)
• Se forem as prefeituras a serem as prestadoras, temos uma questão sobre como
serão gestionadas estas redes. Caso prático : Uma prefeitura deixará o povo
postar informações no portal de acesso ou até mesmo disponibilizar um portal de
uso popular. Ex.: Denuncia de corrupção no governo municipal, poderá ser postado
?
• O pleito para entidades sem fins lucrativos e universidades públicas poder
prestar serviços de distribuição de sinal de internet através de licenças SLP,
SCM ou outra compatível de forma que não haja impedimento destas entidades
operarem dentro da lei. (Hoje só quem tem SCM ou SLP é que podem ser provedores
de sinal de internet)
• A execução do PNBL dentro das diretrizes que foram escritas até o momento não
dá a garantia de participação popular sobre a banda larga pública, ou seja,
foi-se criada uma política pública sem participação popular, onde todos os
tópicos estão sendo escritos com base em um grupo definido como Fórum Brasil
Conectado (FBC). Com isso já serão implantadas estas 1700 cidades em 2011 sem
ter nenhuma diretriz, lei ou regra que garanta a participação popular sobre as
redes de última milha que utilizarão o link da Telebrás (que é distribuído com
verba pública). Estes links serão usados para promover à massificação do acesso
a internet através de entidades com fins lucrativos, ferindo assim o princípio
básico de direito à coisa pública por parte de todos nós cidadãos.
• Fato : depois do link distribuído por empresas privadas ficará muito difícil
de se fazer algo, pois, daí estaremos lidando com a coisa privada, que por
finalidade tem a lucratividade e não a aplicação para fins sociais. No caso das
prefeituras o caso poderá ser estudado para que as redes sejam descentralizadas
através de entidades sem fins lucrativos poderem fazer a gestão. No debate a
gente discute isso. Já temos um exemplo através do decreto 6.991/09 que permite
que propriedade pública seja doada para a sociedade para fins de autogestão.
Acho que esta informação é o suficiente para iniciarmos e agora um fator
importante:
O TEMA PARECE SER COMPLEXO, PORÉM, O PRINCÍPIO BÁSICO É SIMPLES. O OBJETIVO É
ACHAR A RESPOSTA PARA A SEGUINTE PERGUNTA : COMO VCS QUEREM QUE A INTERNET
PÚBLICA SEJA GESTIONADA ?
O dinheiro é nosso, a rede de backhaul e backbone (as redes de distribuição
entre as cidades) é nossa e o link que será distribuído em cada cidade Tb é
nosso, sendo assim, quem deve definir como estas redes serão usadas somos nós.
Daí temos aparentemente duas opções, resumindo:
1 – Deixar que empresas e prefeituras façam a gestão desta rede como eles
acharem melhor
2 – Pleitear ao Governo, através de um movimento sólido, que o PBL seja um
programa que respeite os anseios do povo, o qual não é somente ter acesso a
internet com serviços de e-Gov e sim, termos a gestão de redes locais
descentralizadas para não somente usar a internet, mas também usar a rede para
fins de controle social, cidadania, democracia plena e efetivamente um modelo
participativo do povo junto com os governos de todas as instâncias (e-Gov2.0).
VAMOS AO DEBATE E ESTA SEMANA ESTAREI LIGANDO PARA OS ÓRGÃOS COMPETENTES PARA
DESIGNAR UMA PESSOA PARA ACOMPANHAR O DEBATE E APÓS OS PEDIDOS SEREM
SISTEMATIZADOS PODEREM LEVAR PARA SUAS CHEFIAS E TOMAREM AS DEVIDAS PROVIDÊNCIAS
DE ENCAMINHAMENTO LEGITIMADO.
SE NÃO PEDIRMOS ELES NÃO TERÃO COMO ADIVINHAR, SENDO ASSIM, MÃOS A OBRA
PESSOAL.. ESTAMOS A DISPOSIÇÃO PARA TIRAR DÚVIDAS E PEÇO TAMBÉM A CONTRIBUIÇÃO
DOS MODERADORES DESTE GRUPO, QUE ESTÃO LIGADOS DIRETO AO FBC
Marcelo Saldanha