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Fonte: Teletime
[20/01/11] Anatel
concede licença de SCM para a Telebrás - por Mariana Mazza
O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 20, por unanimidade a
liberação de uma licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) para a
Telebrás. O pedido foi entregue há aproximadamente três meses como parte da
estratégia de revitalização da estatal como peça-chave do Plano Nacional de
Banda Larga (PNBL).
De posse da nova licença, que custa apenas R$ 9 mil, a estatal poderá ampliar
bastante seu campo de atuação no mercado de telecomunicações. Isso porque, sem a
autorização de SCM, a Telebrás estava restrita à oferta de capacidade de rede no
atacado, seu foco principal no PNBL. A vantagem de se tornar uma operadora de
SCM está na possibilidade de a Telebrás, caso haja necessidade e disposição do
governo, prestar o serviço de Internet em banda larga diretamente aos
consumidores finais.
Este é um dos maiores temores das grandes teles que operam no mercado
brasileiro. A previsão de a estatal atuar também no varejo está clara no decreto
que revitalizou a empresa no ano passado. Mas os critérios para que ela
realmente crie um plano de oferta direto aos consumidores ainda não foram
fixados. Essa tarefa cabia ao Comitê Gestor de Políticas de Inclusão Digital (CGPID),
incorporado pelo Ministério das Comunicações no governo Dilma Rousseff. Com
isso, essa tarefa deve passar a ser responsabilidade do Minicom daqui em diante.
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Fonte: Estadão
[20/01/11]
Telebrás não
deve oferecer banda larga a cliente final - por Anne Warth
SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje que a
entrada da Telebrás no segmento de banda larga, com a aprovação pela Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) de pedido para a obtenção de licença do
Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), não significa que a empresa vai
oferecer esse tipo de serviço diretamente ao consumidor. "Nós achamos que não é
a vocação natural", afirmou Bernardo, na Campus Party, em São Paulo. "Nós
achamos que a Telebrás tem de entrar para ajudar a baratear o tráfego no atacado
e para ajudar a achar soluções para essa questão."
De acordo com ele, existem vários agentes e atores econômicos que podem resolver
a questão. "Nós dizemos, na época da reativação da Telebrás, quando montamos o
Plano Nacional da Banda Larga, que se ninguém fosse fazer, nós iríamos fazer.
Essa é a postura que temos colocado e reiterado. Na verdade, nós queremos um
serviço de melhor qualidade, preço mais acessível e a Telebrás vai ajudar",
disse.
O ministro também afirmou que a Telebrás não será afetada por cortes no
Orçamento da União. "Não houve cortes por parte do governo", disse. "Os cortes
que têm sido falados pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior
(Planejamento) dizem respeito à administração direta e não envolvem empresas",
afirmou. Sobre a possibilidade de que o Ministério das Comunicações sofra
cortes, ele disse que é o último dos ministros que poderá reclamar, uma vez que
ocupou o Ministério do Planejamento na gestão de Lula. Ele reiterou ser
favorável à disciplina fiscal e disse que, se houver necessidade de readequação,
trabalhará com o orçamento que for definido.