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Fonte: IDG Now!
[01/07/11]
Governo quer banda larga a 1 Mbps, mas consumidor já passou disso - por
Ricardo Zeef Berezin, do IDG Now!
Pesquisa constata que 24% dos internautas acessam na faixa entre 1 Mbps e 2 Mbps,
superior, portanto, do que a velocidade que o PNBL que oferecer.
Pesquisa do Comitê Gestor da Internet (CGI) constatou algo inédito: pela
primeira, a velocidade de conexão entre 1 Mbps e 2 Mbps superou o acesso por
linha discada, de 56 Kbps, no Brasil.
Segundo relatório divulgado na última terça-feira (28/06), referente a 2010, 24%
dos domicílios do País que já têm acesso à Internet o fazem por um serviço de
banda larga entre 1 Mbps e 2 Mbps, enquanto que 21% ainda não passaram de
256Kbps - categoria na qual a conexão por modem tradicional se insere. No ano
anterior, esses índices estavam em 15% e 34%, respectivamente.
Portanto, os usuários de dial-up quando abandonam esse tipo de serviço, galgam
degraus mais altos em vez de se contentar com a velocidade subsequente, que vai
de 256 Kbps a 1 Mbps – esta caiu de 20% em 2009 para 18% em 2010. A banda entre
2 Mbps e 4 Mbps, por outro lado, também cresceu, de 5 para 9 pontos decimais –
alta de 80%.
Dessa forma, quando o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) começar a ser
implementado, não deverá demorar muito para ser considerado uma opção defasada
em relação às demais. Em princípio, a banda oferecida seria de 600 Kbps, mas,
por determinação da presidente Dilma Rousseff, ela foi majorada para 1 Mbps.
Mais de 24 mil domicílios foram entrevistados em todas as regiões do Brasil
sobre infraestrutura tecnológica nos domicílios brasileiros, perfil dos usuários
brasileiros de computador e Internet, uso do computador e da Internet e
mobilidade e portabilidade.
Em 2010, o acesso à internet nos domicílios urbanos cresceu 15% em relação a
2009 – taxa inferior a de 2009/2008. A média anual entre 2005 e 2010 foi de 19%.
Na área urbana, 31% das casas têm acesso, mas esse número é de apenas 27% se
inclusa a área rural.
Leia mais: Brasil não cumprirá plano de banda larga em 2011
Vale lembrar que nos padrões internacionais 1 Mbps nem chega a ser considerado
Internet rápida. Para a União Internacional de Telecomunicações (UIT), por
exemplo, banda larga só começa a 2 Mbps – nos Estados Unidos, exige-se 4 Mbps.
Levando-se em conta a pesquisa da CGI, apenas 14% dos domicílios estariam nesse
espectro.
Por fim, um aspecto muito curioso revelado pelo estudo é que 21% dos internautas
brasileiros não sabem a velocidade de conexão que contratam – ante 23% que em
2009 não souberam responder. Se essas informações também pudessem ser usadas, o
cenário relativo à Internet no Brasil seria consideravelmente modificado.