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Fonte: Convergência Digital
[21/06/11]  Telebrás já admite novos sócios na estatal - Da redação (*)

O novo presidente da Telebrás, Caio Bonilha, vai fazendo jus à afirmação que fez no dia em que tomou posse, no início deste mês. Em entrevista à Reuters, nesta quarta-feira, 22/6, o executivo admitiu a entrada de novo sócio em seu capital.

“Não está descartado que novos sócios entrem na Telebrás, embora não seja prioridade no momento”, disse na entrevista. Segundo ele, porém, mesmo nessa possibilidade, a União continuaria mantendo o controle sobre a empresa.

Em 1º de junho, data em que o Ministério das Comunicações comunicou ao Conselho de Administração da estatal a destituição de Rogério Santanna e a nomeação de Bonilha, até então diretor comercial da empresa, o novo presidente já acentuara a diferença.

“A linha estatizante da gestão anterior ficou no passado”, afirmou então, sustentando que “o foco agora é comercial”. De acordo com a Reuters, se concretizada, a medida fortalecerá o capital da companhia.

Mesmo após a privatização do sistema Telebrás – ou seja, das subsidiárias estaduais – o governo manteve a maior parte das ações da holding. Assim, a União é o acionista controlador da Telebrás, com 89,88% das ações com direito a voto e 72,67% do capital.

“Em um primeiro momento, o financiamento é feito pelo Tesouro, mas buscamos parceiros em projetos especiais, como para ampliar o atendimento com fibra ótica”, afirmou o presidente da estatal na entrevista.

Até a véspera da substituição no comando da empresa, a Telebrás iniciara acertos com dois “parceiros” – a GVT e a TIM/Intelig – com vistas a investimentos conjuntos em redes de fibras ópticas, especialmente backhaul.

Não há informações se os planos serão mantidos, visto tratarem-se de costura feita pelo demitido Santanna. O Ministério das Comunicações, que justificou a substituição para “fortalecer a relação institucional” da empresa com a pasta, vem evitando confrontar as concessionárias de telefonia, concorrentes de GVT e TIM/Intelig.

* Com informações da Reuters