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Fonte: Teletime
[05/05/11]
Salários de mercado elevam em 287% folha de pagamento da Telebrás - por
Márcio de Morais
Os funcionários da Telebrás, que tem como principal missão gerenciar o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), terão salários de mercado, referenciados em
pesquisa de remuneração e estudo comparativo realizados nas cinco principais
empresas dos setores de telecomunicações e de energia elétrica.
A folha funcional da estatal já tem previsão de gasto este ano 287% superior ao
ano passado – que foi de R$ 8,5 milhões. A despesa adicional é de cerca de R$ 33
milhões. De acordo com informações da Telebrás, seu quadro de pessoal já possui
100 funcionários, um ano após a sua reativação oficial, contra os apenas seis
servidores efetivos que mantinham a empresa em funcionamento em maio passado.
Mas poderão chegar a 367, por autorização do Departamento de Coordenação e
Governança das Empresas Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento, após a
realização de concurso público.
A Telebrás não quis informar a previsão de despesas para 2012, quando torna
efetiva sua ação de gerenciamento do PNBL. Tudo vai depender dos estudos em
andamento sobre a execução do serviço e do Plano de Classificação de Cargos e
Salários (PCCS), cuja consulta pública foi concluída em 30 de abril.
Quando o sistema estatal de telecomunicações foi privatizado, em julho de 1998,
a Telebrás tinha 1.093 servidores. Em valores históricos, o quadro de pessoal da
Telebrás consumiu naquele ano R$ 12,3 milhões. Com desativação, o menor quadro
de colaboradores foi registrado em 2009, ano em que os gastos com a folha não
passaram de R$ 1,4 milhão – apenas 11,4% do que foi gasto no ano da
privatização. Restam hoje 20% do quadro de 1998, ou 216 funcionários, muitos
cedidos à Anatel, dos quais 116 têm até 30 de julho para retomarem seus postos
na estatal. Estão cedidos à agência 86 colaboradores, e outros órgãos federais
ficaram com 30 funcionários.
O novo quadro de pessoal da estatal consumirá R$ 41,4 milhões este ano, conforme
o Programa de Dispêndios Globais das estatais para 2011, contra R$ 8,5 milhões
de 2010, um crescimento de 79,47% no ano.
Com o retorno de todos os cedidos, sobrarão 151 vagas para serem preenchidas por
concurso. Esse número, no entanto, poderá aumentar para 182, caso os 31 que
ocupam cargos de confiança equivalentes ou superior a DAS-4 não retornem à
empresa. Desses funcionários, 13 já aderiram ao plano incentivado de demissão (PISP),
e podem também ser substituídos por concurso.