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Leia na Fonte: Exame|
[04/11/11]
Telebrás e Embraer criam empresa para gerenciar satélite
brasileiro
Nova companhia atuará no atendimento das necessidades do governo federal
relativas ao plano de desenvolvimento satelital para o Brasil
A escolha da Embraer para coordenar a integração do SGB se deve ao fato de a
empresa já ter experiência nesse tipo de atuação e facilidade logística de
atuar em vários países
São Paulo - A Telebrás e a Embraer anunciaram, através de um fato relevante
no site da CVM, nesta quinta, 3, a assinatura de um memorando de
entendimento para a criação de uma empresa conjunta para gerenciar o projeto
do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB). A Embraer terá 51% do capital
da companhia e a Telebrás, 49%.
A nova companhia atuará no atendimento "das necessidades do governo federal
relativas ao plano de desenvolvimento satelital para o Brasil, incluindo o
Programa Nacional de Banda Larga e comunicações estratégicas de defesa e
governamentais", diz o comunicado.
A negociação da parceria envolveria ainda uma espécie de golden share (poder
de veto) por parte da Telebrás na empresa formada junto com a Embraer, bem
como a necessidades de aportes financeiros por ambas as partes, e não apenas
a Telebrás.
A escolha da Embraer para coordenar a integração do SGB se deve ao fato de a
empresa já ter experiência nesse tipo de atuação e facilidade logística de
atuar em vários países. O estudo nesse sentido foi feito pela AEB (Agência
Espacial Brasileira). O prazo para o lançamento do primeiro satélite é 2014,
mas informalmente fala-se em uma data um pouco mais longa, talvez 2015 ou
2016. O primeiro satélite será, provavelmente, contratado todo fora, com
baixo teor de "conteúdo nacional" e pouca transferência de tecnologia.
As Forças Armadas não devem participar da joint-venture, mas são elas quem,
efetivamente, coordenarão o projeto, já que o propósito principal é atender
as demandas da Defesa. A operação dos satélites terá uma parte voltada para
o uso militar, uma parte voltada para a Telebrás e o PNBL e uma terceira
para eventuais usos comerciais que sejam feitos. Na parte do PNBL, o
satélite servirá apenas para backhaul, e não para atendimento direto ao
consumidor.