WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Telebrás e PNBL --> Índice de artigos e notícias --> 2012
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: O Estado de S.Paulo
[23/03/12]
Telebrás e Angola Cables assinam acordo - por Eduardo Rodrigues
BRASÍLIA - A Telebrás e a Angola Cables assinaram nesta sexta-feira o acordo
para a construção de um cabo submarino entre Fortaleza e Luanda. O cabo terá
cerca de 6 mil quilômetros de comprimento e poderá entrar em funcionamento no
primeiro semestre de 2014, a tempo da Copa do Mundo. A capacidade do equipamento
e o custo do projeto, porém, ainda não foram definidos.
A alternativa deve diminuir em até 80% o custo do tráfego de dados entre América
do Sul e África e Ásia, que atualmente passa obrigatoriamente pelos Estados
Unidos e pela Europa. "Vamos lançar uma licitação internacional no máximo até
junho, detalhando o projeto", afirmou o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. No
orçamento total da estatal para 2012, R$ 119 milhões estão reservados para
empreendimentos com cabos submarinos.
"É um cabo estratégico que terá muita demanda, sobretudo por ser o primeiro cabo
submarino no Atlântico Sul ligando os dois continentes", acrescentou o
presidente da comissão executiva da Angola Cables, António Nunes.
Para o vice-ministro angolano de Telecomunicações, Aristides Cardoso Safeca, o
acordo permitirá aos países um maior intercâmbio cultural e científico. "Com o
cabo direto, Angola terá acesso a conhecimento gerado nas instituições
universitárias brasileiras, abrindo um novo potencial não só para o país, como
talvez para toda a África Subsaariana", avaliou.
Em encontro com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também avançaram as
conversas para que Angola utilize o padrão nipo-brasileiro de TV Digital. Após
dois anos de testes, uma comissão do governo angolano recomendou a adoção desse
modelo. "Falta apenas a decisão política. Mas o fato de termos a mesma língua
facilita o acordo com o Brasil, inclusive para produção de conteúdos", completou
Safeca. Outros países africanos como Botsuana, Zâmbia e República Democrática do
Congo também já demonstraram interesse no padrão brasileiro.