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Leia na Fonte: RDA
[12/04/13]
Ativistas e Ministério das Comunicações retomam diálogo sobre banda larga
Reunião do Ministério das Comunicações com ativistas da democratização das
comunicações para tratar sobre banda larga (Antonio Cruz/ABr)
São Paulo – Após cerca de dois anos sem debates diretos com a sociedade civil, o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se reuniu ontem (11) com entidades
que fazem parte da campanha Banda Larga é um Direito Seu, para discutir o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL). As organizações apresentaram uma proposta de
controle público para o sistema de banda larga e conseguiram o compromisso do
ministro e do secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da
República, Diogo Santana, de estabelecer uma mesa de conversações sobre o PNBL
com a sociedade.
De acordo com o coordenador do Coletivo Intervozes Pedro Ekman, as entidades
defendem um sistema misto de prestação do serviço. “Não é questão de monopólio
estatal. O serviço pode ser prestado de forma mista, com as entidades privadas
realizando parte das operações. O que não aceitamos é que o Estado privatize um
setor estratégico. Além disso, defendemos que seja um sistema de regulação por
camadas, como já existe em outras partes do mundo, dividido em infraestrutura,
serviços e conteúdo, o que facilitaria a fiscalização e o controle social”,
explica.
Segundo Ekman, o secretário executivo comprometeu-se a preparar um calendário de
discussões com as entidades sobre a banda larga, mas sem definir data para se
iniciar os encontros.
O grupo também se reuniu com o conselheiro da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) Rodrigo Verbone, para discutir o mesmo assunto. Para o
militante, é importante estabelecer conversações com a Anatel porque cabe a ela
a regulação do setor.
Outra ação, em que participaram o Intervozes, a Associação Proteste, o Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Coletivo Digital e outras
organizações, foi uma representação no Ministério Público Federal contra a
possibilidade de o governo federal entregar os bens reversíveis, estruturas e
equipamentos cedidos pela União às empresas que prestam o serviço e que ao final
da concessão devem ser devolvidos à iniciativa privada em troca de investimento.
“Fizemos isso porque ficamos preocupados com tal possibilidade, que tem sido
noticiada pela imprensa. O ministro negou que isso tenha sido cogitado, o que
nos deixa mais tranquilos”, disse.
Na semana passada, a União Nacional dos Estudantes, União Brasileira de
Estudantes Secundaristas, CUT, Levante Popular e Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra, cobraram a presidenta Dilma Rousseff sobre a regulamentação
dos meios de comunicação. Desde o início deste ano, Paulo Bernardo vem sendo
questionado por movimentos e por setores do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre
o processo de regulamentação da mídia. No fim de março, ele afirmou que o
processo iria evoluir ainda no primeiro mandato da presidenta Dilma.