WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Telebrás e PNBL --> Índice de artigos e notícias --> 2013
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na
Fonte: Convergência Digital
[06/08/13]
Banda larga: fabricantes temem pela continuidade do PNBL - por Luís Osvaldo
Grossmann
Para os fabricantes de equipamentos, nativos ou multinacionais, o Plano Nacional
de Banda Larga é um empurrão forte na demanda – seja pelo benefício direto nas
encomendas às empresas brasileiras, seja indiretamente, pelos efeitos do
programa nas redes das operadoras privadas. Mas entre avanços e insucessos, o
maior temor é de que o PNBL permaneça.
“O principal desafio do PNBL é sua continuidade. Se pudermos fazer alguma coisa
de útil a ele é assegurar que continue. Ajustes fazem parte da dinâmica, mas sem
continuidade os investimentos podem não ter nenhum resultado”, avalia o
presidente da Padtec, Jorge Salomão Pereira.
Mesmo sendo um projeto novo – foi formalmente apresentado em 2010, mas
efetivamente só começou a investir efetivamente em ampliação de rede no ano
seguinte – há sinais que alimentam a desconfiança. “A Telebras tem um orçamento
de menos de R$ 100 milhões por ano. Até agora só teve R$ 19 milhões este ano”,
destacou o presidente da Nokia Siemens Networks, Aluizio Byrro.
A Telebras é naturalmente citada por ser, na origem, o braço executivo do PNBL.
O programa foi desenhado tendo a criação de uma rede de telecomunicações de
abrangência nacional com “viés” neutro – ou seja, ser um insumo acessível para
enfrentar as dificuldades de penetração no mercado diante da forte concentração
nas ofertas de atacado.
A tarefa, no entanto, parece ter ficado pela metade. “Em que pese a pouca idade
do PNBL brasileiro comparado a outros países, no que diz respeito ao backbone a
Telebras está muito bem, tem mais de 15 mil km, é um dos maiores do Brasil e já
passou por um primeiro grande teste que foi a copa das confederações”, destaca o
diretor de relações governamentais da Ericsson, Alessandro Quattrini.
Ele ressalta, porém, que faltou dar a esse avanço na rede a capilaridade. “No
objetivo de disseminar a banda larga, esse backbone não é correspondido no
acesso, não é refletida no backhaul. No que diz respeito à rede da Telebras, o
backhaul tem que ser revisto”, sustenta.
Ou, nas palavras do presidente da Nokia Siemens, a demanda é por acelerar o
programa. “As medidas que o Brasil vem tomando vão na direção certa, mas temos
que aumentar a velocidade. A Telebras precisa ter mais recursos, muito mais
recursos do que tem hoje para atender aqueles locais onde ela é mais
necessária”, insiste.
“O PIB da china cresce 7% a 8% ao ano. Disso, cinco pontos percentuais vêm da
construção civil. Os outros dois ou três vêm da tecnologia, e deles, 80% de
telecom. Portanto, o Brasil pode somar dois pontos percentuais ao crescimento de
seu PIB com um programa como o PNBL, que leva ao desenvolvimento tecnológico e
dá escala para competir no mundo”, conclui Pereira, da Padtec.