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Fonte: Convergência Digital
[13/08/13]
Telebras pede mudanças na lei de licitações - por Luís Osvaldo Grossmann
Entre a competição no mundo privado e as regras do regime público, a Telebras
quer mais fôlego para se manter na briga no mundo das telecomunicações. A
estatal quer aproveitar a nova discussão mudanças na Lei 8.666/93 para emplacar
algumas alterações na lei sobre licitações.
“Somos travados muitas vezes por problemas com fornecedores. Atrasamos dois anos
a Região Norte por conta de diferenças com a tabela Sinapi [índice de construção
civil que, entre outras, baseia as fiscalizações do TCU]. Se tivéssemos
mecanismos dentro da 8.666 que nos dessem mais velocidade, seria melhor”,
defendeu o presidente da Telebras, Caio Bonilha, no Congresso Nacional, nesta
terça-feira, 13/08.
As áreas jurídica e comercial da estatal estão preparando um documento com
sugestões a serem encaminhadas à relatora da Comissão Temporária de Modernização
da Lei de Licitações e Contratos, criada há dois meses no Senado Federal.
“A mudança mais importante para nós seria a permissão de contratações
simultâneas. Hoje, como só temos um fornecedor por área geográfica, o risco é
altíssimo. Se esse fornecedor tiver algum problema, aquela área para. Entendemos
se fosse possível ter mais de um, haveria até uma competição entre eles”,
explicou Bonilha.
Segundo ele, mesmo na curta reestruturação da Telebras – que completa três anos
– esse caso já ocorreu. “Tivemos problema de torres, que levou quase um ano para
fazer destrato. Enquanto isso, não podíamos ter outro”, conta. Daí que além da
atuação simultânea de fornecedores, outra alteração seria de que o pregão já
permitisse chamar automaticamente o segundo colocado, desde que nas mesmas
condições do “vencedor”.
Uma terceira proposta será no ponto que, atualmente, determina que obras civis
sejam feitas separadamente. Nesse caso, a estatal precisa fazer uma licitação em
separado para, por exemplo, a construção da base onde será instalado um
contêiner com equipamentos. “Talvez pudesse haver um valor de corte, a partir do
qual seja necessária a licitação. Mas em casos como esse é uma obra muito
pequena”, sustenta.
Ele admite, porém, que esse problema poderia ser superado com o Regime
Diferenciado de Contratações Públicas. Da mesma forma, outro objetivo da estatal
também estaria razoavelmente coberto pela mesma RDC – mas estará entre as
propostas de forma a, se vingar, ser incluído também na Lei de Licitações: a
remuneração variável, vinculada ao desempenho das contratadas.
“Estamos em um negócio de competição atuando com regras públicas. O sonho seria
ter uma lei própria, como acontece com a Petrobras, que também atua em mercado
competitivo. Mas não vamos tão longe. Queremos melhorar as condições de atuar”,
sustenta o presidente da Telebras.