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Fonte: Teletime
[20/08/13]
Telebras informa base de 1.147 pequenos e médios provedores cadastrados
O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) é um dos principais motores para o
fornecimento de infraestrutura da Telebras, que afirma já ter chegado a uma base
de 1.147 pequenos e médios provedores cadastrados no País, em um universo de
mais de 4 mil empresas registradas na Anatel. O presidente da estatal, Caio
Bonilha, afirma que a capacidade total do backbone é de 500 Gbps, em uma rede
que atualmente conta com cerca de 25 mil km de fibra. "O total vai ultrapassar
os 30 mil km (em um futuro próximo), mas não é suficiente para nossas
necessidades", declarou ele durante palestra no Conip 2013 em São Paulo.
Para tanto, a Telebras tem promovido investimentos específicos, como o linhão
para a cobertura da região Norte (que cobrirá cerca de 200 municípios nos
Estados do AC, AM, AP, MT, PA, RO, RR e TO) e a rede construída para a Copa das
Confederações. "Expandimos essa rede de 40 Gbps para 60 Gbps, com alguns lugares
com lambdas de até 100 Gbps", detalha. Segundo Bonilha, o aumento da capacidade
tem como justificativa o crescimento do consumo do tráfego em cinco vezes até
2016. Outra ideia será complementar essa infraestrutura com a operação da banda
Ka no satélite geoestacionário brasileiro.
Com a nova Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) e o PNBL, a Telebras
afirma ter ajudado a dinamizar o mercado ao concorrer com as incumbents. "O
preço pode não ter caído, mas a velocidade da conexão tem subido", declara
Bonilha. A empresa diz que as ofertas de velocidade acima de 2 Mbps no mercado
nos 12 meses a partir de junho de 2012 subiu 110%, enquanto as de menos de 512
Kbps caíram 30%. Segundo ele, o PNBL é responsável por 64% dos novos assinantes
de banda larga fixa no País.
Mas Caio Bonilha reclama da dificuldade de implantação de redes, como na
Marginal Tietê, em São Paulo, e na capital fluminense. "É complicado no Rio de
Janeiro, cada quilômetro é um projeto, e isso gera um custo altíssimo", relata.
O vandalismo também não ajuda. "Tem locais que você implanta rede (de fibra) e
alguém 'desimplanta' porque acha que é cobre, que é valioso".
Alternativas
A rede da Telebras também pode ser utilizada para outros fins. A empresa oferece
a infraestrutura para a Rede Nacional de Pesquisas (RNP) e pretende fazer o
mesmo para a iniciativa do Wi-Fi em praças públicas na cidade de São Paulo.
"Está dentro de nossa competência. Temos uma rede que não tem a capilaridade de
uma incumbent (na capital), mas colocamos à disposição a banda larga no atacado
com preço competitivo", explica.
Outra possibilidade seria servir de backhaul para pequenas e médias operadoras
móveis, um mercado quase inexistente no País. Bonilha sugere que a Anatel abra
nova frequência licenciada para essas empresas. "Eu acho que poderia ofertar
parte do 3,5 GHz para essas pequenas e médias, além de prefeituras. Poderia ser
para serviços em um mix de móvel e fixo", avalia. A Telebrás entraria na
infraestrutura para viabilizar o negócio. "Nosso backhaul tem um mínimo de 100
Gbps de capacidade, enquanto tem operadoras que têm 2 Mbps, 4 Mbps. Ofertamos um
produto que cria uma VPN da rede da ERB (estação radiobase) até a central da
operadora dentro da rede da Telebras", explica.
Bruno do Amaral