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Leia na Fonte: Teletime
[25/06/13]
Para a Level 3, Telebras não incomoda
- por
Bruno do Amaral
A Level 3 é uma das principais concorrentes da Telebras no fornecimento de
serviços de rede, e isso tem se intensificado nos últimos meses. A estatal
anunciou recentemente que entrará no setor de serviços de Content Delivery
Network (CDN), disputando mais um mercado com a companhia norte-americana. Mas,
na visão da Level 3, a concorrência com a brasileira não é um problema. "A
estratégia deles não parece bem definida", afirma o diretor de produtos de voz e
colaboração da empresa no País, Marcos Bedani, durante encontro com a imprensa
em São Paulo nesta terça-feira, 25. "O foco principal da Telebras é o Programa
Nacional de Banda Larga (PNBL), clientes massivos. O nosso é o cliente
corporativo", diz.
"A Telebras tem que entender que o momento agora é outro, a situação para ela é
outra", afirma o diretor de vendas para operadoras da Level 3 na América Latina,
Mauro Monicci, lembrando-se da época anterior à privatização. Nem mesmo a
possibilidade de haver um desequilíbrio por não precisar de licitação para a
contratação no governo causa um mal estar à empresa. "A Telebras pode levar
vantagem em negócios diretos com o governo também, mas, até agora, não
incomoda", garante o executivo. Na verdade, a Telebras pode atuar também como
cliente em outras áreas de negócio da Level 3, como data center. "Podemos usar a
infraestrutura deles e vice-versa para, por exemplo, acessos internacionais",
explica Monicci.
A Level 3 mantém o comando das áreas com isonomia para atender aos clientes e
cada negócio tem uma direção distinta. Com isso, garante a empresa, ela abre
espaço para permitir que concorrentes em algumas áreas sejam clientes em outros
serviços.
Planos
Além de prover serviços para as teles, a Level 3 também possui licença de
Serviço Telefônico Fixo Comutado (SFTC) para operar no País com ofertas para o
mercado corporativo em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba,
Porto Alegre e Campinas (SP). Agora, a empresa está inaugurando essas operações
em quatro novas cidades: Brasília, Fortaleza, Salvador e Recife. "Fora dos
grandes centros, estamos procurando a demanda", diz Monicci. A empresa não
planeja nova expansão no negócio de voz para 2014, pelo menos até o momento.
De qualquer forma, o setor não é subestimado na companhia. Os serviços de voz
representam 19% do faturamento global da Level 3, que somou a quantia total de
US$ 6,736 bilhões (US$ 265 milhões somente no Brasil) no último ano fiscal. "A
participação no País não é pequena. Não chega a números globais, mas é
significativo", afirma Marcos Bedani. O mercado brasileiro é o maior da América
Latina para a empresa.