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Leia na Fonte: Minicom
[07/05/13]
Entrevista do ministro Paulo Bernardo a correspondentes estrangeiros
Paulo Bernardo disse em entrevista a correspondentes
estrangeiros que o processo de digitalização da televisão no Brasil prossegue
tanto nas grandes redes transmissoras quanto nas pequenas estações do interior.
Esclareceu que cerca de 50% dos brasileiros já dispõem de conversor para TV
digital e afirmou que a ideia é flexibilizar o prazo de junho de 2016 para o
desligamento do sinal analógico. Segundo Bernardo, a proposta é antecipar nas
grandes cidades o desligamento para 2015 e para as cidades menores aumentar o
prazo para 2018.
O Ministro destacou que no setor de telecomunicações a grande preocupação é com
a qualidade do serviço. "Tivemos um crescimento explosivo nos últimos anos" e
destacou que desde a entrada em operação do 3G em 2008, o Brasil tem hoje em
torno de 70 milhões de usuários entre celulares e modems. "O 3G cresceu mais de
100% entre 2011 e 2012 no Brasil e segundo a GSMA - associação mundial de
telefonia móvel, nós vamos saltar desses 70 milhões de dispositivos que temos
agora, para 130 milhões no final de 2014".
Bernardo destacou ainda as conexões máquina a máquina que crescem rapidamente no
país e afirmou que o governo estuda medidas de redução de taxas de fiscalização
para tornar mais barata a taxa desse serviço. "Estamos prevendo um grande
crescimento nas conexões máquina a máquina com grande incentivo para
telemedicina e outros serviços".
TECNOLOGIA 4G
O Ministro falou aos jornalistas sobre o lançamento da tecnologia 4G que começou
a operar oficialmente nas seis cidades sede da Copa das Confederações no dia 30
de abril. Destacou que vinculada ao serviço de quarta geração de internet, as
operadoras receberam a obrigação de investir na implantação da internet rural
que deve começar a operar no ano que vem. "Temos esse período maior, este ano
inteiro de "feriado" digamos assim, para as empresas terem tempo para
desenvolver tecnologia de 4 geração LTE para a frequência de 450Mhz, o nosso
grande objetivo é popularizar o máximo a internet na área rural com qualidade,
esse é o grande desafio", disse Bernardo.
COPA DO MUNDO.
Bernardo esclareceu aos correspondentes que a Telebrás ficou encarregada de
fazer uma parte dos trabalhos relativos a Copa do Mundo e já instalou um "anel
metropolitano" de fibra óptica em todas as cidades da Copa das Confederações que
dará o suporte pra geração das imagens da FIFA. "Todas as imagens vão ser feitas
em cima da infraestrutura montada pela Telebrás e está em fase final instalação
de transmissão e recepção para celular 2G, 3G e 4G dentro dos estádios também".
MASSIFICAÇÃO DA INTERNET
Respondendo a uma pergunta sobre controle de preços de serviços de pacotes de
internet, o ministro afirmou que os preços da internet no Brasil "não são
regulados pelo governo, não temos política de controle de preço".
Acrescentou que o governo fez um movimento "grande e importante" em 2011 : a
negociação de universalização de telefonia com as empresas concessionárias com a
troca de metas a serem cumpridas como colocar orelhões, "coisas que já não
faziam mais nenhum sentido" pelo compromisso de vender a internet com preço mais
popular.
Segundo Bernardo, foi fixado em 35 reais o valor máximo a ser cobrado para uma
velocidade mínima de 1 megabit/s. O ministro disse que este foi um "movimento
importante já que em 2011 o preço médio girava em torno de 70 reais". Fez a
ressalva de que em estados como São Paulo ou Paraná por exemplo, o valor era
menor por ter infraestrutura, mas no interior do Brasil ou cidades no Norte
ainda se paga entre 300 e 350 reais por conexões de menos de um megabit/s.
Então, a internet popular e os demais investimentos e medidas do Programa
Nacional de Banda Larga, como as desonerações para modems, tablets e smartphones
e para construção de modernização de redes de fibra óptica foram importantes
para o crescimento do acesso e redução de preços. Segundo Bernardo, a União
Internacional de Telecomunicações divulgou levantamento mostrando que de 2010 a
2011 os preços de telecomunicações no Brasil diminuíram 46% "Houve, de fato, uma
queda específica e isso é responsável pelo crescimento do setor".