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Leia na Fonte: Convergência Digital
[16/05/13]
Internet ainda está longe de ser instrumento de inclusão
- por Fabio Barros
Apesar do crescimento, a internet ainda não pode ser vista como um instrumento
de inclusão social e digital. De acordo com números apresentados pelo Cetic
durante a 7a edição do evento “Desafios e Oportunidades para os Provedores de
Internet SVA e SCM, que acontece em São Paulo esta semana, os acessos e os
provedores brasileiros ainda estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.
De acordo com o gerente do Cetic, Alexandre Barbosa, a medição iniciada pelo
órgão em 2005, em parceria com o IBGE, mostra que a concentração continua. Os
dados apresentados nesta quinta-feira, 16, são ainda de 2011, mas o
especialistas afirmou que as tendências apontadas não estão muito longe dos
dados de 2012, que serão divulgados em junho.
“A internet reflete a concentração econômica do País. Hoje, 43% dos cerca de
dois mil provedores de internet brasileiros estão concentrados na região
Sudeste”, disse. Na outra ponta, a região Norte responde pela menor
concentração, com apenas 120 provedores.
A mesma discrepância, ressaltou Barbosa, se reflete nas tendências de acesso:
49% dos domicílios brasileiros conectados à internet estão na região Sudeste,
sendo a grande maioria já com banda larga. Os percentuais altos continuam na
região Sul (45%) e Centro-Oeste (39%). Mais uma vez, as regiões Norte e Nordeste
respondem por 22% e 21%, respectivamente.
“E a concentração não é apenas geográfica. Ela também existe nas classes
sociais”, ressaltou. Não por acaso, 96% da classe A brasileira tem acesso à
internet. Na B, esse índice é de 76%, e na C, 35%. Mais uma vez, as classes De E
surgem distantes, com 5% de seus membros com acesso à internet. “O custo é a
principal barreira apontada por esses usuários. É algo sobre o que precisamos
pensar nos próximos anos”, disse Barbosa.