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Leia na Fonte:
Convergência Digital
[13/03/13]
Telebras investiu R$ 600 milhões em fundos e garantiu lucro em 2012 - por
Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
Os R$ 109 milhões de retorno de investimentos financeiros garantiram à Telebras,
no ano passado, o primeiro lucro desde que a empresa foi reestruturada para ser
o braço operacional do Plano Nacional de Banda Larga. Como resultado, a estatal
registrou saldo positivo de R$ 40,7 milhões.
A Telebras teve condições de ir ao mercado – fez aplicações de curto e longo
prazo no Banco do Brasil e na Caixa Econômica, como prevê legislação relativa a
estatais – graças à sobra de aproximadamente R$ 600 milhões por projetos que não
avançaram no ritmo inicialmente esperado.
“Tínhamos provisão para projetos especiais, como o satélite e os cabos
submarinos, e somos obrigados a dar o melhor trato possível aos recursos da
União”, explicou o presidente da empresa, Caio Bonilha, ao comentar os
resultados financeiros de 2012.
Como explica o diretor administrativo-financeiro da Telebras, Bolivar Tarragó
Moura Neto, houve um aporte de capital na empresa, ainda em 2011, de quase R$
400 milhões. Somados a recursos já existentes, houve condições de aplicar
aproximadamente R$ 600 milhões.
Como não houve execução do orçamento previsto para os projetos do satélite
geoestacionário e dos cabos submarinos no ano passado, aqueles recursos ficaram
rendendo juros. “O resultado obtido representa 17% do patrimônio líquido apurado
ao final do exercício traduzindo-se em boa rentabilidade para os capitais
próprios”, sustenta o Relatório da Administração de 2012.
Segundo Bonilha, com o andamento dos projetos, aqueles recursos aplicados
deverão ser investidos. No caso do satélite – iniciativa conjunta da estatal e
da Embraer – o projeto aguarda respostas dos fornecedores. Os cabos submarinos
dependem de acertos com outros parceiros da empreitada.
Atrasos
Na prática, é bem possível que os projetos também não tenham execução
orçamentária este ano. As respostas da solicitação de propostas aos fornecedores
do satélite devem ser dadas até 15 de abril, mas até a efetiva contratação o
prazo é incerto.
Até porque, como revelado pelo Convergência Digital no ano passado, uma das
únicas seguranças é que não há mais tempo para lançar o satélite geoestacionário
em 2014, como era previsto. Se tudo avançar a partir de agora, talvez seja
possível fazê-lo em 2015.
Destino um pouco parecido tem o projeto dos cabos submarinos. Embora tenha
avançado em negociações com os parceiros do empreendimento – a ideia é criar uma
empresa específica para explorar os cabos internacionais – até aqui nada foi
efetivamente assinado.
Assista, na CDTV, do portal Convergência Digital, a exposição do presidente da
Telebras, Caio Bonilha, sobre o lucro obtido em 2012.