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Fonte: Tele.Síntese
[16/10/13]
Telebras vai resgatar construção de cabo submarino - por Miriam Aquino
O planejamento inicial previa a construção de cinco rotas
O conselho de Administração da Telebras autorizou esta semana a empresa a voltar
a elaborar os estudos para a construção de cabos submarinos, que ligam o Brasil
aos demais continentes. Segundo o presidente da empresa, Caio Bonilha, a rota
que oferecer maior viabilidade econômica será a escolhida para a primeira
construção. O projeto, afirmou o executivo, será feito obrigatoriamente com uma
operadora estrangeira, para assegurar que não haverá problemas com as licenças
de funcionamento no ponto estrangeiro.
A construçao de cabos submarinos, prevista no planejamento inicial da estatal
foi paralisada no ano passado, quando foram retiradas as dotações orçamentárias
para este projeto. Naquela época, explicou o executivo, o governo federal, que é
o controlador da empresa, entendeu que era preciso priorizar a construção do
bacakbone em território brasileiro. O executivo não disse, mas o corte no
orçamento se deve ao forte arrocho monetário implementado pelo Ministério da
Fazenda, que se repetiu este ano.
Conforme Bonilha, quando a Telebras foi reconstituída, foi planejada a
construção de cinco cabos submarinos: a rota Fortaleza/Estados Unidos; a
Fortaleza/Europa; a Fortaleza/África; a Fortaleza/Rio de Janeiro e Rio de
Janeiro/Cone Sul. A rota Brasil África continua a ser tocada, porque ela está
sendo toda construída pela Angola Cable, e a Telebras vai só participar com a
conexão de Fortaleza.
Para Bonilha, a construção de cabo próprio irá possibilitar à Telebras comprar
capacidade de internet (de banda larga IP) em mercados externos cuja oferta é
bem menor do que no mercado brasileiro. "Lá fora, posso comprar megabit a menos
de três dólares", afirma. Com acesso a este mercado, a Telebras pode continuar a
reduzir os preços de sua oferta para os pequenos provedores, dentro do PNBL -
Plano Nacional de Banda Larga.
PNBL
Bonilha tem, por sinal, uma avaliação bem mais otimista do que o mercado sobre
os resultados do PNBL. "Entre 2011 e 2013, a banda larga fixa passou de 18
milhões para 22,4 milhões. É um aumento de 4,4 milhões de novas linhas. E o PNBL
vendeu 2,5 milhões de linhas, ou 50% do mercado total. Isto não pode ser
considerado um resultado ruim", concluiu.