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Fonte: Rede Brasil Atual
[04/09/13]
Com lançamento de satélite próprio, Brasil espera criar barreira antiespionagem
- por Sabrina Craide, da Agência Brasil
Equipamento deve entrar em órbita no ano que vem, segundo a Telebrás
Brasília - A construção do primeiro satélite geoestacionário brasileiro poderá
aumentar a segurança do tráfego de dados importantes no país, que passarão a ser
criptografados. Segundo o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, um dos objetivos
do desenvolvimento do satélite é proteger as redes por onde passam informações
sensíveis do governo federal.
“Vamos trabalhar com algoritmos e criptografia próprios, desenvolvidos pelo
próprio governo, de maneira que os dados sensíveis que vão transitar no nosso
satélite vão ser praticamente invioláveis”, disse, em entrevista à TV Brasil.
O projeto de construção do satélite tem custo estimado em R$ 1 bilhão. A
expectativa do governo é colocar o satélite em órbita em 2014.
A expansão da internet de banda larga popular em mais de 2 mil municípios que
não são atendidos por via terrestre é outro objetivo da construção do novo
satélite no Brasil. Outra área importante a ser atendida é a militar, que
atualmente usa satélites estrangeiros para trafegar suas operações. “Isso é
desconfortável para os militares”, disse o presidente da Telebras.
Para Bonilha, o fato de o país não ter um satélite próprio faz com que o governo
não tenha controle do equipamento. ”Isso é um problema de segurança em
determinadas situações críticas”, avaliou. Ele considera “recorde” o tempo desde
o início da concepção do projeto, em 2011, até hoje.
A responsabilidade do satélite é da Visiona Tecnologia, constituída pela Embraer
e pela Telebras, que já está negociando os contratos com a Thales Alenia,
escolhida para construção do satélite, e a Arianespace, que cuidará do
lançamento. Segundo Bonilha, além do preço, as condições de transferência de
tecnologia foram consideradas como critério para a escolha da empresa
responsável pela construção.