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Fonte: Agência Senado
[02/12/14]
Walter Pinheiro propõe definir banda larga como 'serviço essencial'
Definir a banda larga como “essencial” e de interesse coletivo pode ajudar a
universalizar o serviço no país. É o que propõe o senador Walter Pinheiro
(PT-BA), diante da dificuldade para cumprir as metas do Programa Nacional de
Banda Larga (PNBL). Isso permitiria a aplicação do artigo 65 da Lei Geral de
Telecomunicações, que obriga o governo a explorar junto com a iniciativa privada
os serviços considerados essenciais.
Para Walter Pinheiro, a definição, que poderia ser feita por Medida Provisória
ou Projeto de Lei, serviria de base para a Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) cobrar das empresas a universalização. E possibilitaria à Telebrás
utilizar adequadamente os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (Fust), o que não ocorre hoje, nas palavras do senador:
— Todo mundo diz que banda larga é essencial. Se é essencial, nós poderíamos
utilizar esses recursos do Fust para promover a chegada da banda larga no país
como um todo.
Relatório apresentado nesta terça (2) pelo senador Anibal Diniz (PT-AC), a
pedido da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), mostrou que o país ficou aquém
da meta fixada para 2014 no PNBL: 35 milhões de residências com internet de
banda larga a um preço de R$ 35 mensais. As entidades de defesa do consumidor
acusam as empresas de não se esforçarem para promover os planos mais baratos; e
acusam o governo federal de não cobrar a universalização prevista no programa.
As empresas do setor alegam que a alta carga tributária e a burocracia
dificultam a expansão da banda larga.
Uma mudança defendida pelas empresas é a aprovação da Lei Geral das Antenas, que
está na pauta do Senado. O projeto cria uma regra nacional única para a
instalação de torres de telecomunicações – hoje cada estado e cada município
pode estabelecer seu próprio critério. Para Walter Pinheiro, a Lei das Antenas
também será um avanço:
— O Brasil hoje precisa de mais ou menos umas 50 mil antenas. Ainda que a gente
reduza isso para 35 ou 40 mil, por conta da utilização do espectro na nova faixa
de 700 Mhz, o custo é muito elevado. Portanto, é fundamental que nós aprovemos
essa lei aqui, para dar maior agilidade para a instalação dessa infraestrutura e
mais rapidez para ter banda larga em todo o país.