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Fonte: CanalTech
[03/12/14]
Para levar banda larga para todo país, governo terá de investir R$ 6 bi por ano
Nesta terça-feira (2), o senador Anibal Diniz apresentou um relatório referente
ao Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), que mostra que o Brasil fechará o
ano de 2014 sem cumprir a meta de 35 milhões de residências com banda larga a R$
35, prevista no programa. A análise aponta as restrições orçamentárias para o
setor como um dos principais problemas enfrentados para a garantia da oferta de
internet em alta velocidade com preço acessível.
De acordo com Diniz, o governo precisará investir pelo menos R$ 6 bilhões por
ano, durante os próximos oito anos, para que a oferta de internet banda larga
seja garantida a todas as cidades e famílias brasileiras. O relatório de 58
páginas contém diversas recomendações ao governo, segundo o senador. Entre elas
está a efetiva aplicação do dinheiro destinado à execução do programa, que foi
prejudicada pelos poucos recursos liberados para a Telebrás, empresa estatal
responsável pela gestão do PNBL.
Apesar dos objetivos não cumpridos, o que já foi executado pelo governo ajudou a
expandir em cerca de 80% o volume de residências conectadas nos últimos quatro
anos. Isso garantiu uma internet de banda larga móvel para muitas áreas rurais a
partir deste ano, incluindo atendimento a escolas públicas rurais gratuitamente.
Segundo informações do relatório, ainda há muito a ser feito em relação ao PNBL.
Existem cerca de 38 milhões e 400 mil famílias brasileiras sem acesso ao serviço
ou com acesso inadequado. O senador afirmou que "para solucionar a questão, é
necessária uma parceria entre o setor público e o setor privado".
No mesmo dia em que Anibal Diniz apresentou o relatório, a Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) aprovou o Projeto de Resolução do Senado 15/2014, da senadora
Gleisi Hoffmann, que defende o teto de até 10% para a alíquota do ICMS relativo
ao acesso à internet em banda larga. O objetivo do projeto é baratear o preço e
expandir o serviço ao maior número de pessoas possível.
O projeto de Hoffmann também estabelece um incentivo à melhoria do acesso ao
determinar a obrigação da operadora de assegurar velocidade nominal igual ou
superior a 5 Mbps e cobrar mensalidade inferior a R$ 40, para se credenciar à
alíquota de 10%.
Após a análise do CAE, o projeto será votado pelo plenário do Senado sem a
necessidade de votação da Câmara dos Deputados para entrar em vigor. Isso se
deve à Constituição dar ao Senado o poder necessário para estabelecer alíquotas
máximas para resolver conflito de interesse entre os estados, caso das alíquotas
diferenciadas de ICMS sobre o serviço de banda larga.
Mas segundo os senadores Aloysio Nunes e Cyro Miranda, o assunto não envolve
conflito de interesse entre os estados, o que poderia caracterizar a
inconstitucionalidade da matéria. Mesmo assim, a comissão aprovou o pedido de
urgência para o exame da proposta pelo plenário do Senado.