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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[07/02/14]
TelComp cobra aprovação rápida da resolução dos postes
Segundo João Moura, sem essas regras, muitos projetos de investimento em redes
das operadoras ficam inviáveis.
Operadoras de telecomunicações cobram da Anatel a aprovação final da resolução
com as regras para aluguel de postes, lançada em agosto do ano passado pela
agência e a Aneel. “Enquanto isso, a Telebras, que é uma estatal de grande força
política, contratou o uso dessa infraestrutura a um preço bem acima do sugerido
na proposta de resolução, confirmando as dificuldades enfrentadas pelas
prestadoras competitivas”, ressaltou o presidente da TelComp (Associação
Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas), João
Moura.
Segundo Moura, o preço alto cobrado hoje pelas distribuidoras de energia
encarece os serviços de telecomunicações, chegando a inviabilizar a implantação
de novas redes em muitas regiões. Além disto, ressalta, há um forte
desequilíbrio concorrencial, pois as incumbents, ocupam múltiplas posições e
pagam valores bem mais baixos que os cobrados das novas operadoras. “Essas
empresas estão investindo aceleradamente, mas perdem competitividade por
enfrentarem custos tão elevados”, disse.
Mas não é só o aluguel de postes que aflige as operadoras de pequeno porte. As
taxas exorbitantes cobradas pelas prefeituras para uso do solo, assim como as
cobradas pelas concessionárias de rodovia para uso dos dutos, também
inviabilizam muitos investimentos em redes, afirma Moura. Ele acredita que esses
problemas deveriam ser atacados mais fortemente pela agência regulatória.
“O governo prometeu editar decreto obrigando o compartilhamento de
infraestrutura das obras públicas e aprovar com rapidez a lei geral das antenas,
mas nada disso aconteceu”, afirma o presidente da TelComp. Segundo ele, sem
essas soluções, empresários do setor são obrigados a gastar “fortunas” com
advogados, porque são obrigados a judicializar questões que poderiam ser sanadas
com regras claras.
A proposta de resolução conjunta da Anatel e Aneel foi apresentada no dia 1º de
agosto do ano passado. Ficou em consulta pública até o dia 29 de setembro nas
duas agências, mas não há previsão de quando será definitivamente aprovada. “O
presidente da Anatel, João Rezende, tinha prometido para final de dezembro ou
início de janeiro, mas não aconteceu”, ressaltou.
Já a Lei Geral das Antenas, aprovada no ano passado no Senado, ainda depende de
votação na Câmara. “Ou seja, os problemas continuam e vão além do que as
operadoras podem fazer”, disse Moura. Ele acredita que as reclamações contra os
serviços de telecomunicações se devem muito à dificuldade de as operadoras
ampliarem suas redes.