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Fonte: G1
[16/01/14]
Empresa deve instalar um novo cabo de fibra ótica entre o Brasil e a Europa
Conselho da Telebrás aprovou a criação de uma empresa de capital misto.
Estatal se uniu a espanhola Islalink para operação de novo cabo submarino
O conselho da Telebrás aprovou a criação de uma empresa de capital misto que
deve instalar um novo cabo de fibra ótica entre o Brasil e a Europa.
A estatal se uniu a espanhola Islalink e juntas vão buscar, no Brasil, mais um
parceiro para investir 185 milhões de dólares na construção e operação de um
novo cabo submarino.
Esses cabos de fibra ótica funcionam como túneis por onde trafegam os dados.
Hoje, o Brasil tem cinco cabos submarinos em operação. Quatro ligam o país aos
Estados Unidos, começando ou passando por Fortaleza; e um liga a capital
cearense à Europa, com ponto final em Lisboa. A nova ligação com o continente
europeu terá o mesmo traçado do atual.
A conexão já existente com a Europa está sobrecarregada, quase não é usada para
o tráfego de dados via internet. Por isso, a construção de um novo cabo. A
previsão é que ele comece a operar a partir de 2016, ampliando a oferta de
internet, o que pode baratear o custo para o consumidor e aumentar a velocidade
de transmissão.
É o que espera o presidente-interino da Telebrás, Francisco Ziober Filho.
“Inicialmente você vai ter uma oferta disponível interessante e, com certeza, o
tempo de resposta tende a ser mais baixo”.
O engenheiro e professor da UnB Leonardo Lazart concorda, mas tem dúvidas se o
novo serviço vai baratear os custos para o cliente final. “É um bom passo na
direção certa. Agora, quais são as consequências a gente tem de esperar para
ver”.
Leonardo também destaca a importância geopolítica do projeto. Hoje praticamente
toda informação via internet trocada entre o Brasil e o mundo passa pelos
Estados Unidos, país acusado de espionagem no ano passado. “O fato de você ter
uma alternativa que não depende de um único país, passar todo tráfego do país
pelos Estados Unidos, por exemplo, dá uma alternativa quando, inclusive, como
surgiu no ano passado, questões que são de índole política”.