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Leia na Fonte: Convergência Digital
[11/07/14]  Telebras negocia legado da Copa com estádios - por Luís Osvaldo Grossmann

Responsável por implantar a infraestrutura de redes que transmite as imagens das partidas da Copa do Mundo no Brasil, a Telebras já negocia o aproveitamento das fibras e dos equipamentos instalados nas arenas em contratos com as administrações dos estádios. O mais avançado é o Maracanã.

“Em alguns estádios a Copa já acabou e estamos conversando. Na verdade, há aqueles onde começamos a conversar ainda antes da Copa. Há vários modelos de negócios possíveis. Em especial nos estádios com maior probabilidade de receber eventos, shows, etc”, diz o presidente da estatal, Francisco Ziober.

Em cada arena a empresa contratada pela Fifa tem, pelo menos, 34 câmeras. Mas esse número varia. A Globo, por exemplo, contratou outras 14 câmeras “exclusivas”. Tudo o que é captado recebe um primeiro tratamento ainda no estádio, e dali segue ao International Broadcast Center, no Riocentro, no Rio.

A rede que sai dos 12 estádios e vai ao Riocentro é da Telebras, assim como a saída desse ‘centro internacional’ para as emissoras de televisão com direitos de transmissão. Para construir isso, a estatal vai receber do governo R$ 110 milhões, além de outros R$ 14 milhões para interligar os centros de treinamento.

“Tivemos o cuidado, dentro das regiões metropolitanas, de ajustar o traçado da rede para áreas de interesse. Ou seja, dos PoPs aos estádios tentamos, dentro do possível, explorar essa ‘mancha’ que nos interessa. Temos uma estrutura multisserviço e pode ser tudo, inclusive ofertar Internet”, diz Ziober.

A operação para a transmissão dos 64 jogos envolve 15,2 mil km da rede da Telebras. Para levar conexões redundantes aos estádios, cada um deles recebeu dois caminhos de fibras a partir de Pontos de Presença independentes, o que exigiu trechos adicionais de aproximadamente 700 km de fibras no total.

É nesses trechos que se buscou aproveitar o traçado urbano. Mas, naturalmente, muito depende de onde fica a arena. A Fonte Nova, por exemplo, favorece o uso da rede por ficar em localização privilegiada em Salvador. Já a Arena Pernambuco, em Recife, é mais afastada do centro.