WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Telebrás e PNBL --> Índice de artigos e notícias --> 2014
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na
Fonte: Mundo Bit
[31/10/14]
Novo cabo submarino entre Brasil e Portugal quer evitar espionagem dos EUA
Brasil estaria dando um “recado” aos EUA. (Wikimedia Commons).
O Brasil deverá contar em breve com um novo cabo submarino. A estrutura será
financiada pela Telebrás e vai ligar nosso país com Portugal. As informações são
da Bloomberg.
A Telebrás deverá investir US$ 185 milhões na estrutura, que não irá passar
pelos EUA nem contará com apoio ou suporte financeiro de empresas
norte-americanas. Especialistas enxergam na medida uma crítica às denúncias de
espionagem da Agência Nacional de Segurança, a NSA.
Depois dos vazamentos orquestrados pelo ex-técnico Edward Snowden, o governo
norte-americano ficou nos holofotes após denúncias apontarem espionagem de
empresas estatais, chefes de estado e usuários comuns.
Este novo cabo terá 5.600 quilômetros, sairá de Fortaleza e cruzará o fundo do
Oceano Atlântico até Lisboa, em Portugal. A construção começa em 2015 e demorará
18 meses.
Atualmente, a estrutura de comunicação no Brasil depende dos EUA, já que todos
os cabos passam por lá. Isso acontece com quase todos os países do mundo, mas é
cada vez maior a busca por novas configuração na distribuição da web no mundo.
Além do contexto político deste caso específico brasileiro, a nova configuração
pretende também cortar custos. É que os EUA funcionam como uma espécie de “hub”,
já que muitos dados passam por lá. Criando uma ligação direta com a Europa, a
comunicação seria otimizada e ficará mais barata.
Há outros projetos em andamento no Brasil. Um deles está sendo financiado pelo
Google e Algar Telecom. A Telebrás disse à reportagem que marcas
norte-americanas nem foram consideradas para o projeto. A empresa estatal
pretende trabalhar apenas com companhias nacionais, europeias e asiáticas.
Isso vai ocasionar prejuízo para alguns grupos de tecnologia dos EUA. “Até 2016,
essas empresas norte-americanas podem deixar de ganhar até 35 bilhões de dólares
graças a essas dúvidas relacionadas à segurança de seus sistemas”, diz a
Bloomberg.