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Leia na Fonte: Teletime
[29/05/15]
Bittar diz que alocação de principais projetos da estatal no PAC assegura verbas
- por Samuel Possebon
O presidente da Telebrás, Jorge Bittar, informou a este noticiário que a
estratégia para assegurar a continuidade dos principais projetos da Telebrás
este ano, mesmo com as restrições orçamentárias, será incluir os principais
projetos como recursos do PAC: o Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações e o cabo submarino Brasil-Europa. Essa manobra já teria sido
acertada com a Fazenda e com o Planejamento e conta com apoio da presidenta
Dilma, segundo Bittar. Ainda assim, diz o presidente da estatal, a Telebrás está
buscando junto aos principais fornecedores (no caso do satélite) o alongamento
máximo dos prazos de pagamento. "O que for possível colaborar com o ajuste
fiscal nós vamos fazer, desde que não haja nenhum comprometimento do cronograma
de lançamento do satélite", diz o presidente da estatal. Segundo Bittar, o
projeto do satélite está com os pagamentos em dia, sem risco de comprometimento
da janela de lançamento, mas o alongamento dos pagamentos pode ajudar a
compensar as variações cambiais, que também afetam o orçamento do projeto.
Acordo fechado
No que diz respeito ao cabo sumarino, a ideia da Telebrás é, finalmente,
constituir a empresa e assinar o acordo de acionistas com a espanhola IslaLink
até o dia 11 de junho. Bittar assegura que os termos do pré-acordo, celebrado em
janeiro do ano passado, são os mesmos e estáo pacificados no acordo: 65% de
participação da IslaLink, 35% da Telebrás e, no futuro, a IslaLink transferirá
20% das ações da empresa para um fundo de investimentos ainda indefinido,
ficando com 45%. O projeto, de US$ 185 milhões, terá cerca de recursos da ordem
de 25 milhões de euros das agências europeias responsáveis pelo observatório do
Atacama, no Chile, que utilizarão o cabo. O projeto ainda está sendo finalizado.
A empresa deve levar cerca de um ano para ser montada e o projeto encomendado e
a construção levará mais 18 meses, de modo que a previsão de entrega do cabo é
2018.
Plano comercial
Segundo Bittar, a Telebrás também aprovou, na semana passada, seu plano
comercial, definindo como estratégia de atuação da empresa, além do PNBL, a
prestação de serviços a órgãos do governo federal. A área comercial será
reforçada. Além disso, a Telebrás pretende investir em desenvolvimento de
aplicações e serviços que serão agregados à oferta de infraestrutura.
Bittar ainda não faz previsões de quando a Telebrás será operacionalmente
positiva, mas acredita que este ano, com a mudança no foco comercial da empresa,
alguns resultados devem começar a aparecer. "O importante é começar a gerir a
empresa com cabeça de uma estatal do Século 21, com agilidade, enxuta e focada
em inovação de produtos e serviços".