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Fonte: IT Fórum
[12/03/15]
Proteste e campanha ‘Banda Larga é um direito seu’ cobram universalização do
acesso à web
Entidades alertam sobre o preço elevado e o pouco alcance do serviço, além de
solicitar medidas para acelerar o PNBL
A Proteste Associação de Consumidores e cerca de 60 entidades que participam da
campanha ‘Banda Larga é um Direito seu’ entregaram hoje (12/3), ao ministro das
Comunicações, Ricardo Berzoini, uma carta cobrando a universalização do acesso à
internet. A campanha alerta sobre o preço elevado, a lentidão, o pouco alcance
do serviço, e cobra do governo medidas para efetivar o Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL).
Entre as propostas das entidades está a garantia da oferta do serviço em regime
público especialmente no atacado (reconhecendo, como já ocorre na telefonia
fixa, a oferta também em regime privado), como ação fundamental de uma política
estratégica do governo para a universalização do acesso à internet.
Outro item de destaque solicitado foi o fortalecimento dos instrumentos de
regulação e fiscalização com independência em relação ao mercado, participação
social e atuação rápida e eficaz, não só com relação à competição, mas também
quanto à qualidade do serviço.
As entidades defendem que a sociedade civil não empresarial deve ser integrada
às discussões, acompanhando e influindo de maneira incisiva nesse processo. “
Veja outros itens solicitados abaixo:
• Conduzir o processo de revisão quinquenal dos contratos de concessão da
telefonia fixa de maneira coerente aos princípios de universalização e
modicidade, integrada à implementação da banda larga em regime público e
privado.
• Integrar ações das esferas Federal, Estadual e Municipal para a
universalização do acesso à banda larga, possibilitando a conexão de qualquer
pessoa ou instituição ao serviço. E otimização do uso da infraestrutura,
inclusive por meio da reserva de espaço eletromagnético e fibras ópticas livres
de licenças para aplicações comunitárias sem finalidade lucrativa.
• Garantir que os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de
Telecomunicações (FUST) sejam utilizados só em investimentos de infraestrutura
para cumprimento de metas de universalização, e a serviços prestados em regime
público.
• Recuperar o papel da Telebras (estatal reativada a partir do PNBL) como
instrumento público fundamental para a condução de políticas públicas que tenham
o objetivo de garantir a universalização do acesso à banda larga.
• Esse papel deve se dar tanto no âmbito do mercado, atuando na última milha em
parceria com pequenos e médios provedores, comerciais e comunitários, para
ofertar a conexão à banda larga onde a iniciativa privada não tenha interesse ou
condições de fazê-lo, como também na construção e gestão da infraestrutura de
rede para atender à crescente demanda de conexão em todo o país.
• Elaborar e implementar as políticas com efetiva participação social, ao
contrário do que ocorreu com o PNBL, havendo distanciamento ainda maior no
primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.