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Leia na Fonte: Exame
[25/03/13]
Telebras tem prejuízo de R$ 117,3 milhões em 2014
Brasília - A Telebras registrou um prejuízo de R$ 117,3
milhões em 2014, de acordo com o balanço da estatal aprovado esta semana pelos
conselhos fiscal e de administração da companhia.
De acordo com a empresa, o resultado negativo decorre dos investimentos
realizados na expansão de sua rede de fibras ópticas e na construção do satélite
geostacionário brasileiro.
No ano passado, a estatal implantou 4,3 mil km de fibras ópticas, chegando a um
total de 21 km em operação em 23 Estados e no Distrito Federal.
Quando foi reativada em 2010, no fim do governo Lula, a Telebras tinha cerca de
400 km de rede no Centro-Oeste.
Atualmente, a empresa oferta serviços em 412 municípios, atingindo cerca de 44%
da população.
De acordo com o balanço da estatal, a empresa encerrou 2014 com 183 contratos
comerciais e termos de aditamentos assinados e mais de 30 gigabites (Gbps) de
banda ativada.
O balanço também destaca os investimentos de R$ 725 milhões no ano passado no
projeto do satélite geoestacionário, cujo custo total deve chegar a R$ 1,8
bilhão.
O equipamento deve entrar em operação em janeiro de 2017 e deve atender cerca de
2 mil municípios, principalmente na região norte.
Berzoini não adiantou qual será o papel da Telebras no
plano, afirmando que isso ainda está em discussão. Ele garantiu, entretanto, que
os recursos para a construção do cabo submarino para a Europa e para a
construção do satélite geoestacionário, ações coordenadas pela estatal, estão
garantidos.
Sobre o Fust, o ministro lembrou que esses recursos são contingenciáveis e que
por isso qualquer discussão sobre uso desses recursos passa pela Fazenda.
Tributos
Para o ministro, o principal problema do setor é a alta carga tributária,
sobretudo a carga dos Estados, na forma de ICMS. "Isso impacta
significativamente a competição e o acesso dos consumidores aos serviços",
avalia. Segundo ele, a reforma tributária, com adoção de um sistema semelhante
ao que é praticado em vários países do mundo, seria mais benéfica para todos.
"Essa é a nossa luta há 30 anos, mas não há compreensão dos Estados para isso",
disse.
Consolidação
Berzoini, que participou de um evento realizado pela Momento Editorial em
Brasília, afirmou que o movimento de consolidação é comum para todos os setores
da economia, e não seria diferente nas telecomunicações, que depende de muitos
investimentos e em que a escala é importante.
O ministro disse que não se sabe qual o nível adequado de consolidação e que o
governo não tem perspectiva de direcionar o mercado. "Nosso objetivo é garantir
o poder de acesso das pessoas aos serviços", disse Berzoini, que reafirmou seu
interesse em dialogar incessantemente com o setor para garantir os investimentos
necessários.