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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/01/16]
Investimentos da Telebras em redes não desaceleram, segundo seu CTO - por
Rafael Bucco
Em 2016 a Telebras prossegue com os planos, esboçados pelo presidente Jorge
Bittar ao Tele.Síntese em setembro, de reduzir a dependência do orçamento da
união para financiar os investimentos. A companhia segue ampliando sua rede
terrestre usando, para isso, o capital vindo de recebíveis por serviços
entregues a empresas e governos em todo o Brasil.
Segundo o CTO da companhia, Paulo Eduardo Kapp, o maior acionista da empresa –
ou seja, a União – definiu como estratégicos para este ano os investimentos no
cabo submarino que liga o Brasil à Europa, o satélite geoestacionário e
implantação de redes terrestres. Mas nem todo o investimento para expansão das
redes virá de aporte do governo federal.
“Diferente da administração direta, em que se depende da fonte de recurso, a
Telebras pode vender alguma coisa [serviços] e ter um recebível de 10 anos, por
exemplo. É uma fonte de recurso que me permite construir alguma coisa mesmo que
o governo não me dê orçamento. A cada ano a gente duplica nossa rede, e vamos
continuar dobrando até que em 2019 não vamos precisar mais de ninguém para obter
receita”, afirma.
CDN
Kapp comentou ainda o andamento do projeto de se criar uma infraestrutura
nacional de CDN da estatal. O projeto continua vivo, com modelagem pronta e até
data para ser iniciado. Mas depende de aval do governo. Inicialmente, o objetivo
da iniciativa será distribuir conteúdos para o Ministério da educação.
“Se pensou no passado, e ainda se pensa, em a Telebras distribuir TV over the
top. Mas é muito sensível o acordo para comprar conteúdo, com os canais. Ainda
temos que fazer muito mais infraestrutura para este tipo de serviço. Para
distribuir conteúdo do MEC, do Brasil Cidadania dos Correios, ou de poupatempos
estaduais e federais, já existem quatro ou cinco agências em teste”, disse.
Campus Party
Kapp conversou com jornalistas na abertura da Campus Party, evento que acontece
em São Paulo até 31 de janeiro. A estatal fornecerá o link de 40 Gbps que vai
conectar os 8 mil campuseiros e cerca de 120 mil pessoas que devem cruzar o
pavilhão de exposições do Anhembi.
Conforme o executivo, o investimento para fornecer a infraestrutura foi pequeno.
A Telebras já tinha no Anhembi parte da infraestrutura construída em função do
sorteio da Copa das confederações, realizado ali em 2013. Chegam ao evento oito
links com capacidade de até 80 Gbps. A Telebras vai deixar disponível 40 Gbps.
“Achamos será usado no máximo 15 Gbps”, diz Kapp. A Padtec instalou os
equipamentos DWDM para o evento, enquanto a Datacom cuidou do roteamento e a
Highwinds em fornecer a conexão com a internet.