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Leia na Fonte: Infomoney
[24/10/10]
De R$ 13,00 para R$ 53,00 em 3 pregões: o que há por trás da disparada de 307%
da Telebras? - por Paula Barra
SÃO PAULO - As ações da small cap Telebras (TELB4), que giravam em torno de R$
67 mil por dia na BM&FBovespa até semana passada, quadriplicaram de valor nos
últimos 3 pregões, ganhando destaque no mercado. Os papéis, que fecharam a R$
13,00 na última quinta-feira, saltaram para os R$ 53,01 nesta sessão, acumulando
um ganho de 307% no período. Na esteira do rali, um decreto do governo federal
autorizando o aumento de capital social da estatal de R$ 854,4 milhões. Com a
operação, o capital social da companhia passará dos atuais R$ 263,1 milhões para
R$ 1,1 bilhão.
Somente neste pregão os papéis preferenciais da Telebras dispararam 165%, com
fortíssimo movimento financeiro de R$ 25,5 milhões. Com o rali, as ações
atingiram nesta segunda-feira seu maior patamar desde março de 2013. Vale
lembrar que, em janeiro deste ano, as ações da companhia bateram o patamar dos
R$ 5,60, no menor patamar negociado desde o fim de 2007.
Embora a disparada salte aos olhos dos investidores, difícil saber quem
conseguiu capturar esse ganho, dado a baixa liquidez que a ação tinha em Bolsa.
Pelos dados do ProfitChart é possível ver que as ordens de compra e venda do
papel foram bastante pulverizadas no mercado: a Votorantim Corretora liderou o
saldo comprador nesses últimos 3 pregões, com R$ 663,9 mil, mas representando
apenas 3,11% das operações. Na sequência, vieram as ordens intermediadas pela
Rico Corretora (R$ 522,3 mil ou 1,64%) e Itaú (R$ 421,7 mil ou 1,85%).
O bom desempenho recente das ações está relacionado com a aumento de capital.
Segundo o decreto, divulgado na última quinta-feira no Diário Oficial da União,
a operação ocorrerá por meio da incorporação de adiantamento para futuro aumento
de capital, transferido pela União nos exercícios de 2011 a 2015, no montante de
R$ 846,7 milhões; do saldo residual de capitalizações anteriores, no montante de
R$ 7,7 milhões; e da atualização dos recursos previstos pela taxa referencial do
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).
O decreto também autoriza a União a subscrever as ações, mediante a utilização
de créditos relativos aos seus investimentos na Telebras, na proporção de sua
participação social da companhia, depois da aprovação do aumento de capital pela
assembleia de acionistas. Além disso, a União poderá subscrever ações, na
proporção da participação dos acionistas minoritários, caso eles não exerçam seu
direito de preferência dentro do prazo legal, depois da aprovação do aumento de
capital pela assembleia geral de acionistas.