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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[28/08/17]
Aumento de capital não cobre empréstimos da União à Telebras - por Rafael
Bucco
Operadora convoca assembleia para votar capitalização da empresa, de R$ 1,33
bilhão. Proposta foi revista e ampliada, comparada à que estava em pauta no
primeiro semestre.
A Telebras convocou seus acionistas para a assembleia que vai decidir se haverá
ou não aumento de capital da empresa. A assembleia acontece dia 26 de setembro,
às 15h, na sede da operadoras, em Brasília. A estatal esperava votar o aumento
em junho, mas reformulou a proposta. Agora, ampliou o valor a ser arrecadado em
cerca de R$ 35 milhões, e quantidade de novas ações a serem emitidas em 10
milhões (entre ordinárias e preferenciais).
O dinheiro da capitalização, R$ 1,3 bilhão, será usado para ressarcimento da
União, que pagou pela expansão de projetos recentes da companhia. Entre os
adiantamentos, estavam valores relacionados ao lançamento do satélite
geoestacionário de defesa e comunicações (SGDC), expansão da infraestrutura de
telecomunicações dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), implementação
do cabo submarino Brasil-Europa, e captação de clientes corporativos.
O aumento de capital, no entanto, não cobre totalmente os adiantamentos feitos
pela União à Telebras. Conforme o último balanço da companhia, de junho, esses
recursos, chamados AFAC, somavam R$ 2,5 bilhões. Valor, este, corrigido
anualmente com base da taxa Selic. O valor do aumento foi limitado, no entanto,
pode decreto presidencial de outubro de 2016.
O novo aumento de capital
A nova proposta prevê aumento do capital social em R$ 1,33 bilhão. A Telebras
estima emitir 37,7 milhões de novas ações, entre preferenciais e ordinárias. Ao
todo, a empresa encerrará o processo com 49,6 milhões de ações, sendo 39,2
milhões ordinárias e 10,3 milhões preferenciais. O capital social, ao final,
será de R$ 1,59 bilhão.
A nova ação ordinária vai custar R$ 37,10, e a preferencial, R$ 28,68. A empresa
aplicou um deságio no valor sobre o preço praticado no mercado nos últimos
meses, com objetivo de atrair minoritários para a compra. Dessa forma, pretende
manter a atual proporção entre minoritários e controladores. Sobras após o
exercício de preferência dos atuais sócios serão compradas pela União.
Hoje, a União detém 47,4% do total das ações da Telebras; a Finep, outros
27,28%; e o mercado 25,32%. Mas a União controla a empresa com 57,61% das ações
ordinárias. A Finep possui 33,17% das ações com direito a voto e o mercado,
9,22%.
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