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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[13/09/17]
Telebras tem
prejuízo de R$ 270,8 milhões em 2016 - por Rafael Bucco
Operadora registrou aumento de custos. Mas aposta que satélite e cabo submarino
poderão trazer novas receitas no futuro próximo.
[Ver mapa]
O backbone da
Telebras, que terá operação e manutenção privatizadas.
A Telebras divulgou hoje, 13, o balanço financeiro de 2016. Nele, registra
prejuízo de R$ 270,8 milhões. O número negativo esconde, no entanto, um
crescimento de 35,2% na receita com serviços de comunicação multimídia, em
relação a 2015. Em 2016, essa rubrica faturou R$ 74,48 milhões. A receita bruta
foi de R$ 81,48 milhões, 29,7% maior.
Os gastos operacionais da estatal, no entanto, saltaram de R$ 165,44 milhões
para R$ 195,18 milhões (+18%), graças a aumento dos custos principalmente com
pessoal, terceirizados e locações. O resultado financeiro também foi negativo,
em R$ 76,8 milhões. Somados, ambos os fatores explicam o prejuízo. O EBITDA
também não apresentou melhora. Ficou negativo em R$ 144,6 milhões, uma piora de
40,6% em relação a 2015.
O balanço mostra que a Telebras apertou o cinto no ano passado. Entre repasses
das União e receitas próprias, juntou R$ 655,5 milhões em recursos. Gastou, no
entanto, 41,8% disso, ou R$ 336 milhões. O corte no orçamento aconteceu em
praticamente todos os âmbitos. O gasto com PNBL, por exemplo, foi 54,1% do
previsto. O gasto com o satélite (SGDC) foi de 39,3% do previsto. Do
investimento aprovado para a estatal em 2016, de R$ 803,6 milhões, apenas R$
319,5 milhões (39,8%) foi realizado.
Negócios
A empresa diz no relatório que pretende aproveitar a entrada em operação de
novas infraestruturas para multiplicar a capacidade de gerar receita. Ressalta
que com o satélite (SGDC), passará a cobrir todo o Brasil. Para aproveitar a
oportunidade, reformulou as equipe comercial e de marketing, que foram
unificadas. Segundo a empresa, essa união vai ajudar a desenvolver novos
produtos e serviços de valos agregado, a rever políticas de preço e reposicionar
a marca.
A tele diz, ainda, que ampliou a rede usada no atendimento do Plano Nacional de
Banda Larga (PNBL), inaugurando quatro trechos no ano passado, cortando os
estados de Paraná, Mato Grosso dos Sul, Amapá e Rondônia. A rede atingiu 22.480
km de extensão, somando-se os trechos de backbone alugados.
Também a construção do cabo submarino Brasil-Europa avançou. Projeto iniciado em
2011, terá 9,3 mil km de extensão e ligarão Praia Grande (SP) a Sines
(Portugal). A Telebras afirma que estuda acrescentar uma ramificação do cabo
para Fortaleza (CE), o que acrescentaria mais 600 Km à estrutura. Afirma, ainda,
que já está em fase avançada de contratação do fornecedor, que deve ser
anunciado entre março e junho deste ano. Mas não traz previsão para entrada em
operação.