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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[22/03/15]
Abrint contesta venda de capacidade do satélite da Telebras
Para associação que representa provedores regionais, proposta de edital esquece
o papel social da estatal e pode resultar em transferência de patrimônio público
para a iniciativa privada.
A ABRINT (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações)
contesta a proposta de comercialização do Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGDC), apresentada pela Telebras em audiência pública
no último dia 23 de fevereiro.
A associação emitiu comunicado em que reclama da destinação da capacidade em
banda Ka. Ao invés de operá-lo em parceria com os provedores regionais (ISPs),
como era a proposta inicial, a empresa optou por dividir a capacidade em quatro
lotes e vender três em oferta pública.
“Apesar de afirmar que não se desviou do propósito social, que é utilizar o
satélite para conectar as regiões remotas e rurais do país, a entrega do
satélite à iniciativa privada, sem qualquer compromisso expresso de atendimento
social, parece à ABRINT um claro desvio do objetivo inicial”, diz a organização.
Reclama, ainda, do fato de o edital não permitir a participação em consórcio dos
pequenos provedores. “Isso significa a marginalização das operadoras médias e
pequenas que hoje são as grandes responsáveis pela massificação da banda larga
no Brasil: basta dizer que em 2016 foram responsáveis por 46% dos novos usuários
de banda larga fixa no Brasil”.
Por fim, a Abrint diz acreditar que o modelo escolhido pela Telebras é um
equívoco. “Sem nenhum objetivo de atendimento social, a Telebras corre sério
risco de transferir patrimônio público para a iniciativa privada. A ABRINT
espera que haja uma revisão do posicionamento da Telebrás para que o SGCD seja
utilizado em seu objetivo inicial e que os ISPs regionais possam participar
desse esforço de levar a Internet a regiões remotas e rurais do Brasil”,
conclui.